Com influências portuguesas no trabalho, o novo disco da rainha da Pop chegará às prateleiras de música em breve, aproveitando Madonna para começar desde já a promoção do seu “Madame X” ao ser o rosto da Vogue Britânica de junho.
Na publicação, a cantora mergulha nos 60 anos da sua vida e refere que a sua carreira “continua a parecer uma batalha”, não lhe faltando desafios para ultrapassar.
Crítica das várias situações com que se foi confrontando, Madonna não poupa nas palavras e garante que “As pessoas sempre me tentaram silenciar por uma razão ou por outra. Ou porque não sou suficientemente bonita, ou porque não canto bem, porque não tenho talento, não sou casada, e agora porque não sou suficientemente nova. Agora o meu cavalo de batalha é o envelhecimento. Estou a ser punida por ter 60 anos”.
Sem tento na língua, Madonna falou da má relação que tem com Lady Gaga, referindo que “as pessoas ficaram muito excitadas com a ideia de sermos inimigas, mas nunca fomos inimidas. A sociedade adora pôr mulheres conta mulheres”, revelando, de seguida, que nunca sentiu apoio por parte das mulheres.
Ainda que considere que é “mal amada” pelas mulheres, não nega a admiração por artistas como Frida Kahlo, sublinhando, todavia, que nenhuma delas é viva, garantindo que “ninguém faz o que eu faço. E isso é muito assustador. Consigo olhar para trás e pensar em nomes de mulheres incríveis, que lutaram pela liberdade, como Angela Davis ou Simone de Beuvoir, mas elas não tiveram filhos. Sou uma mãe solteira com seis filhos e continuo a ser criativa e ativa política e artisticamente. Continuo a ter uma voz. Não há mais ninguém na minha posição”.
Já sobre a família, que a levou a mudar-se para Portugal, garante que fará de tudo para evitar com os mais novos os erros que teve com os mais velhos, daí que David – o jovem futebolista de 13 anos – não tenha telemóvel. “Vou tentar evitar isso o máximo que puder. Cometi esse erro com os meus filhos mais velhos.“Foi assim que acabou a minha relação com eles”.
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