Léo Caeiro este no programa Manhã CM desta terça-feira, na CMTV, e “atirou-se” a Carolina Deslandes e a Nuno Markl por estes terem defendido Maria Botelho Moniz, quando esta foi criticada por Alexandre Pais, mas não terem assinado um gesto semelhante em relação a Nuno Azinheira, que foi criticado por um cronista do jornal Tal & Qual pelo seu aspeto físico.
Pouco depois, Nuno Markl reagiu através das redes sociais. “A parte mais gira disto é que não faço ideia quem é Léo Caeiro, nem faço ideia do que disseram sobre o Nuno Azinheira (profissional que muito estimo). Estou, no entanto, mais interessado em saber o que foi dito sobre o Nuno do que em saber quem é o Léo“, atirou.
“O meu nome é Nuno Markl e sou chamado de gordo – e variações disso – quase todos os dias por estas redes. Não me afeta muito; reconheço que devia comer menos pão, mas – não sei se estão a par disto – eu gosto muito de pão“, escreveu mais tarde.
“Porque é que é mais grave quando se insulta uma mulher com base nisso? Porque a verdade é que nós, homens, temos um confortável lugar de privilégio. Nós tendemos a ‘envelhecer bem’. Os grisalhos tendem a ficar um charme. As mulheres – sobretudo as que têm trabalhos públicos e mais concretamente na televisão – estão sempre debaixo de um escrutínio do qual nós, homens que trabalhamos na televisão, nos safamos sempre“, acrescentou.
“Nós podemos ser grisalhos e gordos na TV; às mulheres, a pressão – por vezes alvo de crónicas de profissionais da imprensa – para que sejam esbeltas e jovens é incomparavelmente maior e mais cruel. É por isso que quando alguém escreve o que se escreveu sobre a Maria Botelho Moniz há umas semanas várias pessoas manifestaram o seu apoio para com ela, e quando se escreve o que se escreveu sobre o Nuno Azinheira (e que foi incomparavelmente mais doce), o mundo tende a seguir o seu caminho“, explicou.
Na manhã desta quarta-feira, Léo Caeiro mostrou-se indignado. “Vivemos num país de hipocrisia, de vergonha total“, lê-se no início de uma publicação que fez na secção de InstaStories.
“Ontem [terça-feira], depois de criticar o Nuno Markl – sim, esse senhor que um dia critica um cronista por atacar uma mulher pelo seu aspeto físico -, é o mesmo que quando um homem é gozado por ser gordo, e eu digo que é cobarde porque em situações iguais não se pronuncia, a resposta do mesmo senhor é: sou gordo, os homens têm um lugar de privilégio, nós tendemos a envelhecer bem“, referiu.
“As pessoas só se pronunciam quando são temas que rendem milhares de seguidores e exposição. Quando não é assim, calam-se. Vivem por conveniência, por interesses, por cinismo. Não valem nada!“, concluiu.
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