fbpx

Júlia Palha diz que Joana Marques “consegue ser extremamente desagradável”, mas é “empática”

Júlia Palha recordou o programa que falou sobre a sua prestação como apresentadora e explicou o que "correu mal".

Ana Ramos
4 min leitura

Júlia Palha foi uma das convidadas mais recentes do podcast “Maluco Beleza”, de Rui Unas, e falou sobre os limites do humor e sobre Joana Marques.

Em junho de 2021, Júlia Palha conduziu a emissão do programa “Estamos em Casa”, da SIC, e Joana Marques avaliou o desempenho da atriz na rubrica “Extremamente Desagradável”, da Rádio Renascença.

Pela primeira vez, a atriz falou publicamente sobre o assunto e admitiu que a apresentação desse programa “correu mal”. “Tens um auricular no qual eles te estão a dar indicações e, para além dessas indicações, há uma segunda comunicação, que é do estúdio, para os câmaras e a malta do som e não desligaram a comunicação. Eu estava com as duas ligadas e não desligaram nas duas primeiras partes do programa”, descreveu.

Júlia Palha explicou que “os silêncios constrangedores” eram motivados pelas comunicações que estava a ouvir no auricular. “Estava com um ‘delay’ de três segundos. As pessoas falavam comigo e eu estava a acabar de ouvir ‘Fátima, passa a câmara’”, recordou, entre risos.

Na altura, a atriz “não sabia” que isso não era suposto, uma vez que era a “primeira experiência” a apresentar um direto. “Eu pensava ‘isto é tudo no mesmo estúdio e eu tenho de ouvir isto tudo porque também tenho de ouvir, porque vou para a cozinha daqui a bocado’”, explicou.

“Ela brincou com isso e eu acho que ela consegue ser extremamente desagradável, não que eu tenha ficado desconfortável com esse programa”, disse, referindo, contudo, que Joana Marques também é “uma pessoa empática”. “Ouvi tudo e achei graça a algumas coisas, outras coisas fiquei, tipo, ‘isto não é nada verdade, eu estava a ouvir duas comunicações’”, continuou, referindo que “As Três da Manhã” acabaram por “ser muito queridas e vão mandando umas coisas que aligeiram”.

“Não houve nada ali que me magoasse ou ofendesse”, confessou Júlia Palha.

Rui Unas lembrou o caso mais recente de Yolanda Tati, que serviu de tema para quatro programas da humorista e disse que “As Três da Manhã” são “gangsters, são as mais ‘badass’”. “Aí, se calhar, é um bocado bullying e falta de empatia. […] Para mim, esse é o limite. Para mim, tipo, tu para teres graça não precisas de ser mau e deixar a outra pessoa infeliz. Tu nunca sabes o que se está a passar na vida da outra pessoa”, comentou Júlia Palha.

A atriz admitiu que se assusta “muito com a internet” e os comentários que, muitas vezes, se leem, recordando que, hoje em dia, há “uma maior consciência social” e, por isso, devia haver “um maior cuidado”, porque “não é só o programa que ela fez, é as mensagens que ela vai receber”. No entanto, Júlia Palha destacou que a humorista “não tem culpa da falta de respeito e de empatia” das pessoas que comentam.

“Acho que, quando o humor tem de estar constantemente a magoar as outras pessoas, a diminuir as outras pessoas, para mim, é um tipo de humor que eu não aprecio”, acrescentou, referindo que acha Joana Marques “inteligentíssima para escrever estes programas”, mas que “As Três da Manhã” têm “tanta graça” que “não têm necessidade” de ir “por aí”.