Os quatro arguidos envolvidos no acidente que matou Sara Carreira já começaram a ser ouvidos no Tribunal de Santarém. Depois de Paulo Neves, foi a vez de Cristina Branco falar.
O Correio da Manhã revelou que a fadista começou por dizer que vinha da Almeirim, da casa dos pais. Cristina Branco afirmou que tem um lapso temporal, mas lembra-se de sair da portagem e colocar a “mão no peito da filha”, enquanto travava e tentava desviar para o lado esquerdo, ao aperceber-se que ia haver um embate com o carro de Paulo Neves.
“Depois do embate o airbag deflagra e eu acho que viro o carro, eu sinto que estou a bater numa parede. Havia muita confusão, muito pó, eu sinto que o carro vira à direita e não sei quantas voltas deu, mas fiquei no sentido contrário, no centro da estrada”, recordou.
A fadista afirmou que não ia a mais de 120 km/h e ligou os quatro piscas para tirar a filha. “A minha filha começa a gritar e eu olho e vejo um carro a sobrevoar as nossas cabeças“, contou, revelando que a menina disse que o carro em que seguia Ivo Lucas vinha depressa e ficou estacionado em “espinha na berma”.
“O carro capotou e o movimento é longo e acelerado porque estava a deslizar em cima de um carril, foram uns bons metros. Passaram alguns automóveis, não tenho noção, mas sei que passou um camião. O carro de Tiago passa do lado direito, passa mais afastado de mim e vai bater nesse automóvel”, descreveu.
