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Judite Sousa tem poucas esperanças: “O país estará exausto”

Duarte Costa
3 min leitura
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A antiga jornalista da TVI voltou a pronunciar-se sobre a pandemia do novo coronavírus. Num texto que partilhou no seu blogue pessoal, Judite Sousa explicou que não pretende ser pessimista, mas considera que 2020 já era.

“Sejamos francos. Seria importante que as autoridades sanitárias nos informassem sobre o modelo matemático que está na base das previsões. Até há uma semana, o pico da epidemia era em meados de abril; agora será em finais de maio. Mais uma vez, pergunto: que condições de saúde pública terão que estar reunidas para que seja retirada a quarentena?”, começou por escrever a comunicadora.

“Se for em finais de Maio, terão de existir umas semanas para estabilizar a curva; ou seja, estaremos em julho. Nesta altura, o país estará exausto e as pessoas desalentadas emocionalmente. Daí até ao final do ano será um passo, sendo que subsiste a dúvida sobre se existirá uma segunda vaga pandémica no Inverno. Não quero ser pessimista, mas ou me engano muito ou o ano de 2020 já passou”, considerou.

Esta opinião foi tornada pública na terça-feira. Já esta quarta-feira, voltou a atualizar o website, desta feita com um texto baseado na palavra acreditar. “Nunca a conjugação deste verbo fez tanto sentido (…) É como se, por um lado, uma parte do que desejamos estivesse fora do nosso controlo e estivesse dependente de algo ou de alguém”, refletiu.

“Nesta situação penosa para todos em que nos encontramos, quando dizemos temos de acreditar ou vamos acreditar, há uma fé e uma esperança que estão associadas ao acreditar. Quando se trata de uma incógnita, mais difícil é o ensaio de darmos conteúdo ao verbo. A pergunta que fazemos é: vamos acreditar em quê?”, questionou.

“E é neste ponto que entra a tal dimensão que está para além do conhecimento, do nosso conhecimento das coisas terrestres. É neste ponto em que nos encontramos: num limbo entre a realidade e a fé, já que a ciência não nos dá respostas a uma evidência que lhes é desconhecida e estranha. Vamos, portanto, acreditar. Nada mais está ao nosso alcance”, rematou.