Jorge Guerreiro foi o convidado deste sábado no programa da SIC, “Alta Definição”. O cantor fez várias confissões sobre a sua vida pessoal e profissional, e descreveu o processo pelo qual passou para conseguir viver apenas da música.
“Trabalhei num call center. Ainda conciliei a música com o “call center” durante cinco ou seis anos”, começou por dizer, falando no inÃcio do seu percurso profissional. “O inÃcio foi só de investimento e fui eu que investi em mim, ninguém investiu. Fui eu que paguei os meus CD’s e assim. O meu ordenado certo era do “call center”, até 6 anos. Aguentei as duas coisas até perceber que podia e que tinha agenda para me sustentar apenas da música“, explicou o cantor.
“Às vezes cantava fado ao telefone, eu entregava tudo, era uma partilha, eu passava muito tempo ao telefone. Nunca fui excelente aluno, fui mediano, nunca gostei muito da escola, e depois conheci pessoas que trabalhavam nesse “call center” e fui“, continuou.
Contudo, Jorge Guerreiro admitiu ter o sonho de ser cantor, desde pequeno: “Era a música que me movia desde pequeno. Não tinha grandes objetivos, vivia muito do dia a dia. A única birra que fiz com o meu pai foi porque queria uma aparelhagem. Um dos momentos mais marcantes para mim foi quando o meu pai me ajudou a ter aulas de canto e foi comigo a Lisboa, ficou-me marcado. Foi uma forma incrÃvel de me ajudar“.
“Quando voltas à infância, voltas onde?“, questionou Daniel Olivera.
“A uma casa cheia. Éramos muitos, todos à mesa, em pleno convÃvio… Desde sempre que lido com muita gente, aprende-se a partilhar. Sou o mais novo de sete irmãos, dividia o quarto com quatro irmãos, éramos cinco num quarto, mas éramos felizes“, confessou Jorge Guerreiro.
“O que era ser feliz?“, perguntou ainda o entrevistador.
“Era comer um ‘bollycao’, ou ter uma bicicleta. Ir ao supermercado e poder colocar o chocolate que gosto no carrinho de compras, é ser feliz“, rematou o artista.