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João Reis inquieto após homicídio de jovem iraniana: “Tinha a idade da minha filha”

Duarte Costa
3 min leitura
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João Reis lamentou o que se está a passar no mundo, nomeadamente no Irão, e lembrou que a mais recente vítima do regime autoritário iraniano tinha apenas 16 anos, a idade da filha mais nova do ator.

“Eliminar pessoas, fazê-las desaparecer sem deixar rasto, torturar, perseguir, estropiar, assassinar… é uma prática comum em países com regimes totalitários e onde os direitos humanos e os valores democráticos são apenas aspirações literárias. A lista de países, onde estas práticas são regulares, é infindável, crescente e vergonhosa. As causas são múltiplas e complexas, e há argumentos que de tão estafados e repetidos se tornam aparentemente inaudíveis”, começou por escrever João Reis na rede social Instagram.

“Donald Trump fez-nos o extraordinário favor de romper o princípio de acordo nuclear com o Irão, iniciado por Obama. A soma deste disparate, com as sanções impostas desde 2016 pela ONU e pela UE e o ódio crescente, instigado pelo atual regime, a tudo o que seja sopro ou valor ocidental, transformaram o Irão num país isolado, acossado e perigoso. E já vende drones assassinos à Rússia”, lembrou.

É uma coincidência! – dirão alguns, são pactos geoestratégicos. Coincidência ou não, é uma vaga irreversível. Mas há, no meio deste lamaçal, sinais a que precisamos de nos agarrar como de pão para a boca. E não é só pelo Irão (país com uma história e cultura invejáveis), é pelo que resta de esperança e de rasgo num mundo que está literalmente de rastos com tanta e dispersa tragédia”, referiu.

“No Irão, as Mulheres e as Raparigas são esse sinal visível de Resistência, de Coragem e de Mudança. A última vítima desta corrente contra o medo e a opressão chamava-se Asra Panahi. Tinha 16 anos, a idade da minha filha mais nova. Não sei o que nos espera, mas esta estrela que se apagou subitamente na cidade de Ardebili vai iluminar-nos durante muito tempo…”, desabafou ainda João Reis.

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