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João Espírito Santo emite comunicado após ser acusado de “aterrorizar” uma utente

"A notícia veiculada é falsa, o que relata não corresponde de todo ao ocorrido", assegura.

Duarte Costa
6 min leitura
@Redes Sociais

João Espírito Santo, famoso dentista da TVI, está a ser acusado pela empresária e escritora Paula Nabais de agressão durante um procedimento clínico.

Segundo relatou a queixosa à revista Nova Gente, tudo começou no final do ano passado, quando recorreu à clínica de João Espírito Santo por causa de algumas necroses e outros problemas gengivais. Necessitou de arrancar dentes e colocar implantes na parte superior da boca.

Algum tempo depois, a prótese soltou-se e Paula Nabais teve de regressar à clínica. Foi então que se deu um episódio que descreve como um horror.

Em qualquer procedimento, eu preciso de anestesia porque tenho hipersensibilidade. Ele sabia disso e escreveu um relatório que eu tinha de ser assistida em bloco porque não posso levar anestesia local, tem de ser com anestesia geral devido à minha sensibilidade“, relatou.

De acordo com Paula Nabais, João Espírito Santo respondeu aos gritos, a dizer que “tinha de ser sem anestesia ou então ia ficar sem os dentes“.

Ele estraçalhou-me a gengiva toda. Injuriou-me, puxou-me, martelou-me, arrancou-me implantes. Tudo isto comigo acordada, a contorcer-me e aos gritos“, descreveu, acrescentando ainda que o médico lhe terá dito que “era uma criança por estar a gritar de dores” e que a culpa era dela por ser fumadora e comer pão.

Durante a intervenção, eu perdi os sentidos, estava desmaiada. Ele pegou num frasco de álcool e regou-me para eu acordar. Entrei em hipotermia por causa dos suores. Quando o meu marido chegou, estava a tremer, encharcada. Pensei que, se dissesse ao meu marido, ia ser uma desgraça“, contou.

Em declarações à mesma revista, Paula Nabais disse que já apresentou uma queixa-crime contra João Espírito Santo, que está a ser tratada pelo ex-companheiro, o advogado João Nabais, e foi entregue ao Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto. Foi feita também uma participação na Ordem dos Médicos.

A Televisão entrou em contacto com João Espírito Santo, que não confirmou nem negou o episódio. Garantiu apenas que não tinha sido notificado e que iria tratar do assunto na próxima sexta-feira, prometendo esclarecimentos para esse dia.

Entretanto, horas depois do nosso contacto, apresentou uma primeira reação nas redes sociais.

Mediante a notícia / comunicação efetuada pelo Correio da Manhã, informo que a relação com a paciente Paula Nabais é profissional. Desconhece-se qualquer processo em curso. O signatário não se pronuncia, a não ser no local adequado, se for caso disso. Reserva ainda o direito de intervir judicialmente, pugnando pelo seu bom nome e da Clínica que representa“, escreveu.

Uma tese contrária à apresentada por Paula Nabais, que à revista Nova Gente assegurou que a defesa de João Espírito Santo já entrou em contacto com João Nabais para chegarem a um acordo, que seria o de a queixosa não pagar as prestações em falta. “Isso está fora de questão porque o problema não é dinheiro“, asseverou.

João Espírito Santo reage em comunicado

Entretanto, esta quinta-feira à noite, e face às notícias que foram sendo veiculadas na comunicação social, João Espírito Santo antecipou esse comunicado que estava previsto para sexta-feira.

Leia aqui:

«A verdade é: a notícia veiculada é falsa, o que relata não corresponde de todo ao ocorrido. A pessoa em causa, sempre que precisou de cuidados médicos foi atendida.

Este atendimento foi sempre realizado em segurança respeitando as normas e protocolos de boas práticas clínicas e de atendimento, mais: o paciente é sempre informado previamente e é sempre colhido o seu assentimento depois de esclarecido.

No caso, este ato, está formalmente exarado.

Efetivamente, o que aconteceu na consulta de urgência de 10.2.2024 foi na observância dos atos médicos, mostrando-se a pessoa em questão sempre consciente e cooperante. Finda a intervenção foi realizar exames de diagnóstico complementar findo o qual ocorreu reunião no consultório já com o marido para definir a continuação do tratamento.

Em verdade, a pedido médico, esteve marcada para janeiro uma consulta de acompanhamento, que só por a pessoa em questão ter faltado não ocorreu.

Só após 12 dias dessa falta é que contatou a clínica e foi agendada uma consulta de carácter de urgência que se realizou em menos de 12 horas.

Todos os actos realizados, reitera-se, foram realizados em segurança respeitando as normas e protocolos de boas práticas clínicas e de atendimento.

Os serviços prestados encontram se por liquidar.

O signatário já efetuou a competente participação criminal.

Até ao momento não obstante de prejuízos causados não houve qualquer notificação pelas entidades competentes para prestar os supostos esclarecimentos.

É surpreendente como a comunicação social foi utilizada como instrumento para superar o que deve ser feito pelas instâncias competentes.»