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Joana Marques sobre Cristina Ferreira: “Estive na Web Summit e estou desiludida”

“Eu gosto sempre de me imaginar na posição daquela malta que vem assim de longe, sei lá, da Suécia, para a Web Summit à espera de ver coisas inacreditáveis, inovadoras, disruptivas, muito à frente do seu tempo."

Ana Ramos
4 min leitura
Reprodução/Redes Sociais

Joana Marques falou sobre o discurso de Cristina Ferreira na Web Summit no episódio desta terça-feira do “Extremamente Desagradável”, na Rádio Renascença.

“Estive na Web Summit e estou desiludida, não escondo. Cristina Ferreira não se expressou no idioma que todos esperávamos. Para mim, a Cristina é como o David Fonseca, eu gosto sempre de os ouvir, mas prefiro quando é em inglês”, começou por dizer a humorista.

“Ao fim de dois anos, Cristina Ferreira reconhece que faz mais sentido discursar numa língua que, efetivamente, domina. ‘É mais confortável’, não me digas, Cristina?! Eu creio que mais uns meses e ela vai reconhecer que aquela ideia de sairmos da zona de conforto é disparatada”, continuou Joana Marques.

“Portanto, falar em português é confortável e simples. Por oposição, suponho, o inglês foi desconfortável e complicado e eu percebo, porque, para mim, também é, vocês sabem. Só é estranho ouvir isto da autora do livro ‘Falar inglês é fácil’”, reparou Joana Marques, sublinhando, contudo, que qualquer pessoa está “sempre a tempo de mudar de ideias”.

“Cristina, que é uma mulher ocupada, teve, finalmente, tempo para parar e pensar e chegou a esta conclusão, Mas calma, também não penso assim muito. Foi só o suficiente para ter uma ideia, uma única ideia. (…) E é isto. A ideia que a Cristina traz para a Web Summit é esta. Não esperem mais porque vai ser muito isto: ‘Inteligência.Artificial’”, disse Joana Marques.

“No fundo, mais não é do que a Cristina a escrever na sua forma habitual. Basta ver as publicações que faz nas redes sociais. Há sempre pontos finais desnecessários. Às vezes, tinha vontade de ver alguém a bater à porta, tipo testemunha de Jeová, da Cristina e perguntar: ‘Desculpe, já ouviu falar das conjunções?’”, brincou Joana Marques, sugerindo que a apresentadora tivesse usado um hífen em vez de um ponto final de forma a ler-se “inteligência menos artificial”.

Mais à frente, Joana Marques afirmou ainda que gostava de ter “assistido ao momento em que a organização da Web Summit convidou a Cristina e explicou os motivos na base desse convite”: “Então, é assim, Cristina, queríamos que viesse porque é uma pessoa que, devido ao seu nível e à sua profissão, faz muitos posts por dia, dois a três, e, pronto, é essencialmente por isso”.

“Então, Cristina, de que é que vais falar lá na maior conferência de tecnologia da Europa? ‘Olha, vou falar de como a vida era boa antes de inventarem estas tecnologias todas. Que saudades do tempo em que não tínhamos telemóveis’, diz Cristina a uma plateia cheia de inventores de aplicações”, referiu Joana Marques, acrescentando que está “com muitas saudades daquela pessoa ambiciosa que seria ‘the best bifana seller’”.

“Eu gosto sempre de me imaginar na posição daquela malta que vem assim de longe, sei lá, da Suécia, para a Web Summit e vi-os lá muitos, muita gente a vir de várias partes do mundo à espera de ver coisas inacreditáveis, inovadoras, disruptivas, muito à frente do seu tempo e acaba ali sentadinho a ver uma senhora portuguesa a contar coisas sobre a criação do seu perfil de Facebook”, comentou Joana Marques.

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