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Joana Marques para Cândido Costa: “A grande genialidade do Mourinho foi perceber que tinha de te despachar?”

"Sou chamado para determinadas situações por causa do que está aí escrito."

Ana Ramos
3 min leitura
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Cândido Costa esteve, esta quarta-feira, com ‘As Três da Manhã’, na Rádio Renascença, e respondeu a algumas questões da rubrica “Desculpa, mas vais ter de perguntar” que falaram sobre a sua carreira no mundo do futebol.

“Jogas no Porto em 2000/2001, Boavista campeão. Depois, jogas em 2001/2002, Sporting campeão. Nas duas épocas seguintes, és emprestado a meio da época ao Vitória de Setúbal e depois só Derby County e o Porto é bicampeão e vence a Taça UEFA e a Champions. Tu sentes que a grande genialidade do José Mourinho foi perceber que tinha de te despachar?”, questionou Joana Marques, lendo uma das perguntas.

“A verdade é que isso não é verdade. Eu poderia responder a isso, até porque concordo com isso descrito assim, tem muito de verdade aí, mas não é totalmente verdade. Três títulos que aí estão são meus também”, afirmou Cândido Costa.

“Eu faço a época 2000/2001, 2001/2002 e 2002/2003 é o ano em que ganhámos a Taça UEFA e somos campeões e não sei quê e eu sou campeão e ganhei a Taça UEFA. Saio em janeiro”, explicou Cândido Costa.

“Agora, se queres que seja sincero, nunca senti verdadeiramente. Isso aparece no meu currículo, às vezes, sou chamado para determinadas situações por causa do que está aí escrito, a pergunta sai: ‘É pá, ganhaste uma Taça UEFA’. Eu, de quando em vez, uso alguma eloquência a descrevê-la: ‘É pá, grande título! Claro que tenho orgulho’. Mas, na verdade, não me lembro de nenhum jogo e sei que participei em jogos”, contou Cândido Costa.

“Tem a ver com o percurso. Agora, sinto-me proprietário desses títulos, mas não me sinto parte, sei lá, realmente meritória do percurso. Agora, é meu e não abdico. E, sim, eu, nessa altura, não tinha qualidade para ser uma figura preponderante. Nessa altura e nunca mais tive, só se houvesse um milagre agora que me faça recuar aos 16 anos. Mas essa era uma grande equipa e era impossível para mim ter aí relevância”, comentou ainda Cândido Costa.