fbpx

Isabel Silva emociona fãs: “Só damos o real valor às coisas quando não as temos”

Íris Neto
5 min leitura

Isabel Silva partilhou, no seu blogue, um texto que está a emocionar os seguidores. Num discurso comovente, a apresentadora fala da distância que a separa de casa e das saudades que sente da família.

“Há 15 anos que vivo a mais de 300 quilómetros de distância da minha família. Do meu pai, da minha mãe, dos meus avós, dos meus tios e primos.  Sempre fui uma criança de afetos e hoje, como mulher, preciso desse alimento para o meu coração.  Por outro lado, e é curioso até, habituei-me de tal forma a viver distante dos “meus” que, muitas das vezes, só me lembro da falta que eles me fazem quando estamos juntos”, começou por referir.

“Ganhei o hábito de estar sem, o que pode ser perigoso, se não estiver atenta aos sinais. Com o passar dos anos, reflito mais, silencio o que me rodeia para me escutar. E é aí que percebo que grande parte da ansiedade, irritação e melancolia que por vezes sentia — e ainda sinto — vem da saudade escondida dos meus pais. É por isso que agora a saudade já não se esconde. Agora já aprendi — porque senti na pele — que os laços têm de ser alimentados com a nossa presença”, acrescentou.

A apresentadora recordou ainda as suas raízes. “É em Santa Maria de Lamas que estão as minhas raízes, e preciso de ir às minhas raízes mais vezes. Voltar a casa mais vezes, para que a Lola e o Vítor estejam a par das minhas rotinas diárias, para termos mais conversas de circunstância, para rirmos mais sobre o nosso dia a dia. Estou a trabalhar nisso, e sou muito mais feliz”, revelou.

Isabel Silva falou ainda da importância das épocas festivas. “É por isso que as épocas festivas como o Natal e a Páscoa são tão importantes para mim.  Hoje é dia de Páscoa. Hoje seria o dia em que todos nos juntávamos em casa do Avô Ramiro e da Avó Cecília, que fez anos na sexta feira, e esperávamos pela chegada do Compasso Pascal. Abríamos a porta, e, depois da benção, beijávamos a Cruz de Cristo. Depois da visita era hora de almoço, que durava o dia todo, com todos à mesa a fazer o que mais adoramos: comer com satisfação, conversar, rir e amar”, escreveu.

“Ser feliz é tão simples, não é!? Há coisas tão simples e que, sem que percebamos, são tão valiosas. Só damos o real valor às coisas quando não as temos, ou quando não as podemos ter na altura que queremos. Como acontece hoje”, acrescentou.

Isabel Silva recorda ainda há quanto tempo não vê a família. “Não vejo a minha família há algum tempo, muito antes de haver Estado de Emergência. E a realidade é que este COVID-19 desafia as minhas emoções todos os dias. Cada vez mais, à medida que os dias vão passando. E é exatamente neste ponto que está o meu (e o teu) desafio: continuar a manter-me serena e positiva no isolamento”.

“Sei, e todos devemos saber, que é para o bem comum, e isso dá-me mais força. Mas não deixa de ser isolamento. Quem já sabe — ou sempre soube — estar sozinho, está bem. Não está num estado de entusiasmo e de felicidade, mas está tranquilo e vê, também, o lado bom deste isolamento que somos forçados a cumprir. Quem sabe estar sozinho tem, seguramente, laços fortes com os outros. Quem sabe estar sozinho já aprendeu a gostar de apreciar o silêncio, de escutar o que pensa sobre si próprio, e sente que está em equilíbrio com o seu eu interior”, acrescentou.

Leia o texto completo aqui.