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Irmã de Fanny Rodrigues ‘abre coração’ sobre morte dos filhos gémeos: “O que pedia era ‘esqueçam de mim, eu não existo'”

Tiago Ferreira
4 min leitura
Dois às 10/Instagram

Irmã mais nova de Fanny Rodrigues desabafou sobre a morte dos filhos, quando ainda estava grávida.

Na manhã desta quarta-feira, dia 03 de agosto, Carina Rodrigues, irmã mais nova de Fanny Rodrigues, esteve à conversa com Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz, no ‘Dois às 10’, da TVI, para falar primeira vez vez sobre a morte dos filhos gémeos quando ainda estava grávida.

“Os meus filhos vieram, porque Deus assim o quis. E eu sei que eles foram embora, porque também Deus o quis”, começou por partilhar.

Carina Rodrigues estava com seis meses de gestação, quando aconteceu este episódio marcante da sua vida. “No inicio do mês de maio, eu tive um ecografia em que se apercebem que eu queixava-me de muitas dores nas costas e eu comecei a ter muitos inchaços nas pernas […] e apercebermos que o Delman está a fazer pressão no meu rim direito, em que o canal está a dilatar e cria mais possibilidades para uma infeção urinária. Logo aí comecei a tomar medicamentos para prevenir o caso”, começou por dizer.

“E no dia 03 de maio, foi detetado a tal bactéria que acaba por matar os meus filhos no meu xixi […] Estou eu fazer a minha vida como costume. Na quinta-feira, não tinha tido sinais de nada, sem ser o que depois me apercebi o que era. Na quinta-feira à tarde, sem eu saber tive assim uns corrimentos”, afirmou a irmã de Fanny Rodrigues.

“Na sexta-feira, dia 13 de maio, quando me levanto senti-os as mexer. Quando meu deito na sala, eram 10h28. Comecei a sentir uma pressão em baixo da barriga. E eu ‘Alto, que está aqui alguma coisa que não está bem’. Às 10h53, decido ligar às urgências”, contou ainda.

Carina Rodrigues confessou: “Eu senti que naquele momento não os ia perder, eu só senti que algo não estava bem. E quando eu desço as escadas com muita dificuldade, entrei no carro com muita dificuldade. A única coisa que eu pedia era ‘esqueçam de mim, eu não existo. Eles é que são o futuro, eu já não sou nada'”, recordou.

A irmã de Fanny Rodrigues esteve com o filho Enzell nos braços durante 18 minutos. “Eu começo a chorar, mas não é de tristeza, é de felicidade […] E quando o meu filho estica a mãozinha, eu falei para ele, cantei para ele. Eu só dizia que ele tinha que ir quando quisesse”, recordou, emocionada. “Fiquei com ele o tempo todo, até ao fim”, acrescentou.

Dois dias depois, o filho Delman também nasceu e esteve também 18 minutos vivo. “Ele estava bem. O pior era eu. A casa não estava segura, não estava firme […] Eu sentia que não estava a proteger o meu filho. Culpa por causa de uma bactéria que não sei de onde veio, o meu útero não estava a aguentar”, sublinhou.

No final da conversa, a irmã de Fanny Rodrigues deixou um apelo: “Queria alertar que uma infeção urinária, não é só uma infeção urinária… foi o que tirou os meus filhos”, rematou.

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