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Inês Folque revolta-se com o sistema de saúde: “Tenho profunda tristeza e vergonha…”

Inês Folque foi para as urgências e reclamou do sistema nacional de saúde nas redes sociais...

Sara Almeida
3 min leitura
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Inês Folque ficou incomodada com o sistema de saúde em Portugal.

No domingo passado, dia 12 de março, Inês Folque teve de ir de urgência para o Hospital Lusíadas, e recorreu às redes sociais para fazer um desabafo sobre o sistema de saúde em Portugal.

“Vivemos num país onde não vale estar doente! Tenho profunda tristeza e vergonha por viver num país onde a saúde é chutada para canto. Num país onde o atendimento no público é sem expectativas e no privado é apenas um roubo à mão armada. Gostava de perceber para onde vão as centenas de milhares de euros em impostos quando todo o sistema de saúde não funciona”, começou por escrever na legenda do registo fotográfico.

Inês Folque geralmente opta pelo público, mas decidiu ir às urgências do privado, mas a experiência também não foi boa. “Admito que até hoje já experimentei todos os blocos de urgência dos privados e não tive uma boa experiência em nenhum. Por isso já há muito que evito vir”, confessou.

“Fiz uma pesquisa nos tempos de espera dos hospitais e dirigi-me às urgências do que tinha menos tempo de espera. Repito. Hospital privado, onde hoje à tarde – segundo a enfermeira da triagem – estiveram 5 horas de espera. Num hospital onde se paga para ser atendido. Desde que entrei pela porta até que saí só safou mesmo a competência, empatia e humanidade do médico que me atendeu. Porque noutras vezes nem isso safou”, confessou.

Inês Folque viu grávidas “horas sentadas em cadeiras duras sem direito a prioridade ou qualquer cuidado”, pessoas idosas “à espera que alguma auxiliar ou enfermeira viessem levantar de uma cama”

“E nos corredores a mesma conversa ‘nós não temos a culpa’, há pouco pessoal. E claro que não têm. Que raio de país estamos a deixar aos nossos filhos? Para onde foi a humanidade e a empatia? Tenho vergonha de que em pleno século XXI num país dito desenvolvido não haja uma solução válida e eficiente no sistema de saúde. Desculpem, estou mesmo zangada. Mais de 3 horas depois consegui finalmente sair com o tratamento concluído. Enfim. Lembrem-se. Neste país não vale estar doente”, concluiu.

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