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IKEA responde às acusações de racismo feitas pelo namorado de Rita Pereira

Íris Neto
3 min leitura

Guillaume Lalung expôs, no passado domingo, 5 de julho, uma situação de racismo que aconteceu na IKEA. O companheiro de Rita Pereira explicou no seu Instagram o que aconteceu a Fábio Silva, numa loja desta multinacional.

“Em 2020 ainda há pessoas que pensam que um negro não pode ter um cartão multibanco para comprar uma cozinha do Ikea. A estas pessoas eu chamo racistas”, começou por escrever Guillaume, sublinhando que a polícia acabou por chegar, mas ajudou a pessoa errada.

“Para resumir: O Ikea não quis aceitar o dinheiro dele. O Fábio Silva teve, não só de comprovar que o dinheiro era dele, como que já tinha gasto mais de 7.000 euros neste estabelecimento. Ainda assim a polícia deu razão ao Ikea e exigiu o pagamento em dinheiro. Tudo isto porque a pessoa envolvida é negra, está de chapéu e o valor a pagar é elevado”, acrescentou o namorado de Rita Pereira.

“O normal seria que a polícia obrigasse o Ikea a aceitar o pagamento. As pessoas que, em nome da polícia, concordam com este tipo de atitudes, então aceitaram o racismo. Infelizmente o Fábio é um caso em milhões. Eu tenho muita história pessoal assim. É triste”, concluiu.

Esta quarta-feira, 8 de julho, a IKEA decidiu reagir às afirmações.

Na IKEA, assumimos sempre os nossos erros de forma transparente. São eles que nos ajudam a crescer e a fazer melhor da próxima vez. Mas também temos muito orgulho no que defendemos enquanto marca e nas pessoas que todos os dias trabalham para tornar os nossos valores realidade. Na IKEA, não toleramos qualquer tipo de discriminação. Acreditamos que a diversidade nos torna melhores e que todos devem ser tratados com igualdade e justiça. Sempre”, começou por referir.

“O caso relatado nada tem que ver com racismo ou discriminação. Foi motivado por uma questão técnica associada ao meio de pagamento utilizado, que por sua vez não permitia a utilização de código PIN e que não continha qualquer tipo de identificação. A confirmação do pagamento mediante aposição de assinatura pressupõe sempre a verificação da mesma através de um documento de identificação onde também conste essa mesma assinatura. Este procedimento visa proteger não só a IKEA, como todos os nossos clientes”, complementou.

A IKEA afirma que os acontecimentos não podem ser retirados do contexto. “Acontecimentos isolados, relatados parcialmente ou sem contexto, não podem ser deturpados ou extrapolados, lesando o que somos e defendemos enquanto empresa e pondo em causa a integridade dos nossos colaboradores. Estamos sempre disponíveis para o diálogo, e para esclarecer esta situação em particular, mantendo o compromisso de dar o nosso melhor todos os dias, para que a nossa casa seja a casa de todos”, concluiu.

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