No episódio desta sexta-feira do podcast “O Homem que mordeu o Cão”, Nuno Markl contou um episódio que lhe aconteceu esta semana num posto de abastecimento de combustível.
O locutor encontrava-se com Vasco Palmeirim no carro e estava em direção a Loures quando percebeu que precisava de abastecer o seu carro com gasóleo.
“Há uma bomba livre do lado direito e eu digo ao Vasco, olhando para a bomba: ‘É pá, que giro! Nunca tinha visto uma destas’. E, quando digo esta frase a que eu me refiro? Ao facto de aquele ponto de abastecimento ter apenas gasóleo AdBlue e eu devia ter desconfiado disso”, começou por dizer.
Nuno Markl foi à caixa pagar e, quando volta para junto do carro para abastecer, há “mais um sinal de que algo pode estar errado”: “Está alguém atrás do meu carro à espera de abastecer, mas, curiosamente, não é um carro, é um gigantesco camião”. “Geralmente, quando se entra numa bomba, há uma coisa a dizer ‘ligeiros’ e ‘pesados’, mas, por alguma razão, esta bomba não tinha isso… fui para a que estava livre”, explicou.
“O senhor do camião, que estava vendo o que estava a acontecer, sacou das pipocas e começou a ver”, disse, entre risos, Vasco Palmeirim.
“Eu pensei: ‘Já que estou aqui, não vou sair daqui. Já paguei e tudo’”, continuou, referindo que percebeu que a mangueira era “extraordinariamente grande e espessa” e não cabia no seu carro. Contudo, passou um “gentil transeunte” que lhe disse: “Quer dizer, o gasóleo é o mesmo, se o conseguir meter”.
“Eu penso: ‘Se o gasóleo é o mesmo, em vez de toda a burocracia que é preciso para me devolverem o dinheiro que já paguei e ter de pagar de novo e ir para um ponto de abastecimento para ligeiros, talvez eu consiga abastecer o meu ligeiro com uma mangueira de pesados’. Eu achei isto”, comentou Nuno Markl, que agora disse que “devia ter pedido um funil”.
“O que aconteceu a seguir foi rápido demais para eu conseguir pensar convenientemente. Ou seja, estou a mangueira encostada ao orifício, sem entrar, recordo, e já estou com os dedos no gatilho da mangueira. Então, ainda oiço o transeunte dizer as seguintes palavras: ‘De facto, pode é esguichar um bocadinho para fora’”, contou.
“Quando ele me diz isto já era tarde demais. O senhor está a dizer isto e eu já estou a carregar no manípulo da mangueira. Houve um bocadinho de gasóleo que, efetivamente, entrou no carro, naõ nego, mas entrou para aí 50 cêntimos de gasóleo, porque há toda uma quantidade insana de gasóleo que espicha na minha direção… calças novas, braços, mãos… todo eu sou gasóleo”, descreveu Nuno Markl.
Nuno Markl entrou no carro “a pingar” gasóleo, porque “estava um camião atrás, que, legitimamente, tinha de abastecer ali”. “Senta-se e olha para mim e diz assim: ‘É pá, estou cheio de gasóleo’”, recordou Vasco Palmeirim, deixando o estúdio às gargalhadas.
“O Vasco estava absorto ao telemóvel, a tratar de assuntos e eu informei-te, disse: ‘Vasco, isto é uma bomba de pesados, tomei um banho de gasóleo’. E o Vasco, com aquilo que agora à distância me parece uma estranha calma, disse: ‘Porra, ainda bem que não fumas’”, acrescentou Nuno Markl a rir-se.
Entretanto, Vasco Palmeirim utilizou umas toalhitas que se encontravam no carro do colega e ajudou-o a limpar-se: “Numa manifestação de amizade que eu achei comovente. O Vasco limpou-me… e o cheiro a gasóleo no carro já era incomportável”.
“O Markl, ao entrar no carro, sabe que tem gasóleo, mas, eu mesmo tempo, esquece-se que tem gasóleo, porque, começa a tocar em tudo. Então, de repente, olho e há gasóleo na manete das mudanças, no volante, no braço, no tablier… há gasóleo em todo o lado”, lembrou Vasco Palmeirim, que acabou por dizer para Nuno Markl lavar-se na casa de banho.
“A minha esperança é que a casa de banho seja fora da loja, como acontece em tantas áreas de serviço. Só que não, é dentro! Então, tenho de entrar na loja, a pingar, as calças cheias de nódoas, a passar pela humilhação de dizer: ‘Tentei abastecer numa bomba de pesados, agora, preciso de uma casa de banho’. E o pessoal da loja, incrivelmente em se rir, muito sérios, disseram: ‘Sim, sim, a casa de banho é já ali’”, mencionou Nuno Markl.
“Afinal, era fácil, que eles transferiram o valor do meu gasóleo para outra bomba de ligeiros”, reconheceu, recordando que, quando chegou, depois, às gravações de “Taskmaster”, fartou-se de ouvir “parece que cheira a gasolina”.
“Entretanto, já tomei banho, mas parece que continuo a cheirar a gasóleo, parece que tenho gasóleo nas virilhas”, continuou Nuno Markl.
Veja o programa completo aqui.
