Henrique Feist e Ricardo Spínola estão separados. O tema foi abordado no programa de Manuel Luís Goucha, esta sexta-feira.
“Ainda continuamos porque é um ex-marido, não é um ex-amor. A diferença é a parte marital, a paixão do casamento e o amor no casamento, mas o amor que tenho pelos 25 anos e por tudo o que fomos um pelo outro e que vivemos juntos não pode deixar de existir moralmente. Era um fiasco se deixasse de existir”, explicou Henrique Feist.
“Não vi como um fim. Pus um ponto final no estado da relação, não pus um ponto final da relação. Aliás, são sempre precisas duas pessoas para pôr o ponto final na relação”, disse ainda.
Henrique Feist recordou um episódio acerca da relação: “Quando, às vezes, ia com o Ricardo ao café, onde já sabiam que éramos casados, havia uma coisa que me diziam muito – e é verdade e tu, com certeza, também já ouviste – que é ‘ai, mas vocês, afinal, são normais’. Ou seja, é aquela coisa de só não percebe quem nos pintou de anormais, portanto, nunca me preocupei em perceber o que é que pensavam porque amor é amor”.
Manuel Luís Goucha questionou, de seguida, Nuno Feist sobre este tema. “Isto, para mim, nunca foi um assunto. Eu tenho um pouco a postura que o Morgan Freeman tem sobre o racismo – a melhor maneira de acabar com o racismo é não falar dele. É a mesma coisa. Ele não deixou de ser meu irmão porque ama um homem. É a pessoa que é”, afirmou.
Henrique e Nuno Feist, de 50 e 51 anos, abordaram a morte dos pais, vítimas de cancro. “Ainda mais valorizamos enquanto cá estivermos. Quando acaba, não há tempo para emendar, portanto, é ter a certeza que passamos a vida sem ter de a emendar”, disse o irmão mais novo.
