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Helena Laureano recorda depressão: “Eu já não me suportava a mim própria”

"Todos os dias, eu repreendia-me com tudo, tudo o que é de negativo vem à tua cabeça."

Ana Ramos
3 min leitura
SIC

Helena Laureano esteve, esta quarta-feira, no programa de Júlia Pinheiro, na SIC, onde recordou uma das piores fases da sua vida, com depressão.

Com cerca de 17 anos, a atriz foi diagnosticada com depressão, depois, foram-se seguindo diversas situações na sua vida que não ajudaram.

“Na ‘Passadeira’, eu já não me estava a sentir muito bem. Às vezes, uma palavra, para uma pessoa que não está tão segura ou que está mais sensível, pode causar danos e danos graves, que podem levar a pensar em variadíssimas coisas, coisas horríveis, que podem levar a ir por ali a baixo e foi o que aconteceu comigo”, contou Helena Laureano.

“Numa noite, eu disse: ‘Já chega! Não quero mais!’. Telefonei para as minhas amigas, passados três quartos de hora, elas estavam lá! Vieram a voar ter comigo. Eu disse: ‘Eu preciso de ajuda, eu quero ajuda! Eu não quero mais isto para mim’”, lembrou Helena Laureano.

“Eu já não me suportava a mim própria. Eu estava a autoflagelar-me. Todos os dias, eu repreendia-me com tudo, tudo o que é de negativo vem à tua cabeça, não há nada de positivo! Eu já não me aguentava. Sozinha não estava a conseguir. Eu pensava que sozinha ia conseguir, mas não conseguia”, acrescentou Helena Laureano, referindo que, depois, começou a ser acompanhada e foi internada para poder ficar melhor.

“No fundo, é tu retomares as tuas rotinas e começares a gostar de ti”, sublinhou.

Contudo, o facto de “ter estado deprimida também ajudou a corroer um pouco esta situação” da artrite reumatoide, uma doença hereditária que não se tinha manifestado até então: “Tu não te mexes. Tu levantas-te e vais para o sofá, do sofá, vais para a cama. Eu para descer as escadas tinha dificuldade. Eu tinha dores horríveis”.

Helena Laureano contou que, na altura do confinamento, chegou a tomar “muita cortisona”: “Eu inchei, inchei, parecia um peixe-balão. Quando foi o funeral do Tozé Martinho, do meu querido padrinho, Tozé Martinho, eu estava tipo peixe-balão”.

Atualmente, Helena Laureano mantém-se a fazer as suas “rotinas” e, apesar de lidar com tranquilidade aparente e com o seu habitual sentido de humor, confessou que gostava de mudar algumas coisas em si: “Quando as pessoas falam e dizem a idade, a idade, é óbvio que nos faz confusão. Eu, se tivesse possibilidades monetárias, ia dar o meu jeitinho, mas, sem dúvida alguma”.

Veja aqui uma parte da conversa.

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