A Globo demitiu cerca de 100 funcionários que trabalhavam nos seus estúdios, e segundo informações o corte atingiu as equipas de entretenimento e das áreas de produção, transporte e figurino.
Segundo avançou a revista Veja, a Globo optou por não comentar estas notícias, afirmando apenas que: “todas as grandes empresas modernas passam por processos na busca de eficiência e evolução constante (…) é natural que se façam ajustes. A Globo não é diferente.” Já o site ‘Na Telinha’, avançou que estes ajustes podem ser fruto da fusão de algumas empresas do mesmo grupo, iniciando os primeiros despedimentos, que podem chegar aos 20%.
Porém e o que alertou foi o facto da reestruturação da emissora acontecer, logo após uma reportagem transmitida pelo ‘Jornal Nacional’ envolvendo o nome do atual presidente, Jair Bolsonaro. A reportagem transmitida, abordava a investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que aconteceu em março de 2018 e apresentava novas informações, nomeadamente que Élcio Queiroz, o ex-polícia suspeito do crime, havia dito à porta do condomínio onde o presidente tem um imóvel, no Rio de Janeiro, que iria à sua casa, coincidindo com o dia do crime.
Jair Bolsonaro, não gostou do que ouviu do ‘Jornal Nacional’ e contestou, através das suas redes sociais, dizendo: “Não vou persegui-los, mas o processo vai estar limpo. Se não estiver limpo, legal, não tem renovação da concessão de vocês, e de TV nenhuma. Vocês apostaram em me derrubar no primeiro ano e não conseguiram.”
Recorde-se que a Globo já tinha vindo a fazer algumas demissões, ainda antes da tomada de posse de Jair Bolsonaro, com o argumento de mudar o regime de trabalho.
