fbpx

Gilmário Vemba sobre Portugal: “Nunca fui acusado de estar a ‘roubar’ trabalho”

Gilmário Vemba contou que sempre foi “bem recebido” em Portugal.

Ana Ramos
3 min leitura
Instagram

Gilmário Vemba veio morar para Portugal com a família no ano passado e esteve, esta quarta-feira, à conversa com ‘As Três da Manhã’, na Rádio Renascença, com quem falou sobre essa mudança.

“Ainda te dizem que vens cá roubar trabalho aos portugueses ou as coisas equilibraram quando o Bruno de Carvalho começou a cantar kuduro?”, questionou Joana Marques, lendo uma das questões da rubrica “Desculpa, mas vais ter de perguntar”.

“O Bruno deu-nos ali uma certa liberdade… e também comprovar que o Português e a dança não são lá muito amigos”, brincou Gilmário Vemba.

“Primeiro, é que eu nunca fui acusado de estar a roubar trabalho. Pelo contrário, eu sempre fui muito bem recebido, principalmente, quando vim a trabalhar: ‘É pá, Gilmário, quando é que vens cá? É bom ter-te cá’”, continuou Gilmário Vemba.

“A malta já gostava de mim antes de eu estar a fazer espetáculos em Portugal, já curtiam espetáculos que tinha feito com o grupo e também coisas que fazia na Internet. Então, essa parte do roubar trabalho nunca sofri”, comentou ainda Gilmário Vemba.

Sobre o grupo de comédia em que participava em Angola, os Tuneza, Gilmário Vemba disse que ainda mantém contacto com os integrantes: “Convivemos agora à distância, porque já nem sequer habitamos o mesmo país”. “O grupo está por Angola, eu estou por cá. Eles não conseguem vir com a mesma frequência que eu, mas, sempre que temos oportunidade de estar juntos, estamos sempre juntos”, referiu Gilmário Vemba.

Mais à frente na conversa, Joana Marques quis ainda saber se Gilmário Vemba pensa voltar a viver em Angola: “Claro que eu tenho essa ideia de, um dia, poder voltar para Angola, com um país melhor, pelo menos, em termos de oportunidade para as pessoas”.

“Todo o mundo sonha, um dia, voltar para a sua terra e lá conseguir fazer a sua vida, porque a ideia de emigrar nunca é uma coisa muito fixe. Às vezes, até tu sais pelas ruas e vês as condições que os outros têm, a maneira que vivem, as oportunidades que têm e tu ficas: ‘Ah! Eu queria isso para mim, queria isso para o meu país’. Mas tenho essa ideia romântica de, um dia, voltar para um país melhor, com políticos melhores, que peçam demissão, que façam essas coisas assim”, rematou Gilmário Vemba.

Veja aqui uma parte do programa.