Fundador da Prozis celebra fim do direito ao aborto nos EUA, é arrasado e reage

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Miguel Milhão, fundador da Prozis, usou o LinkedIn para fazer o comentário que está a causar indignação.

Após mais de 50 anos, o Supremo Tribunal dos EUA revogou o constitucional ao aborto, que existia no país desde 1973. Miguel Milhão, que fundou a Prozis em 2007, celebrou o fim do direito ao aborto.

Parece que os bebés recém-nascidos têm os seus direitos de volta nos Estados Unidos. A Natureza está a curar-se, lê-se na sua conta de LinkedIn.

A publicação do empresário português está a gerar muitas críticas nas redes sociais. “E se na Prozis queres ser cá da malta, tens que levar a gravidez até ao fim, até ao fim! (pode ser o teu fim, mas o que interessa é defender os bebés não nascidos). Bem-estar das mulheres? Só para fazer parcerias, obrigado!”, escreveu Ana Castro Sanches no Twitter.

Na sua página de Instagram ‘Dido and Company’, Ana Castro Sanches começou por dizer: “Parece demasiado importante para não ser partilhado. O fim dos nossos direitos começa quando nem somos tidas ou achadas nesses mesmos direitos. Quando passamos de pessoas a meros ‘corpos incubadores’ porque ‘não se pode fazer mal a bebés’”.

“Uma mulher que aborta não o faz de ânimo leve, muitas vezes nem o faz por desejo próprio. Uma mulher que aborta pode correr perigo de vida se não o fizer. Ilegalizar o aborto não reduz as taxas de aborto (a tendência que se vê é exatamente contrária) pelo que não se trata de defender vidas de ‘unborn babies’. ‘Fazer mal a bebés’ (o argumento dado vezes sem conta na thread de Linkedin) não é mais importante que ‘fazer mal a mulheres’”, acrescentou.

“A Natureza não se está a curar Sr. Milhão. Somos nós as pessoas que achamos que mandar no corpo uns dos outros (e sobretudo das outras) é fixe e aceitável. Não é, simplesmente não é. Sugiro que encontre a cura da Natureza de outras formas, talvez com um suplemento de bom senso, que parece estar em défice nas últimas 24 horas”, rematou.

Na rede social Twitter, também se lê muitas críticas ao comentário de Miguel Milhão. “Passei só para desejar coragem às influencers com códigos de desconto Prozis. Vosso patrocínio, vossa escolha. Vocês é que sabem o que fazer a partir daqui”, “Não podemos dizer que a Prozis tenha alguma vez escondido por que valores se rege, mas fica agora claro que, uma marca que usa mulheres para se promover, não lhes respeita o corpo e lhes reconhece os direitos“ ou “Rita Belinha cortou relações de parcerias com a Prozis. Quem será o próximo?”, são alguns dos exemplos.

Este tema é o segundo mais debatido no Twitter em Portugal e no Instagram, a Prozis bloqueou comentários às publicações. Miguel Milhão decidiu também fechar a sua conta no LinkedIn.

Miguel Milhão defendeu-se das críticas, em declarações ao site Notícias ao Minuto: “Vejo comentários positivos e negativos. Pena a maior parte dos comentários negativos terem como objetivo silenciar a minha opinião. Não me parece nem justo nem democrático […] Gosto de ver os direitos das crianças que ainda não nasceram a ser tido em conta“, afirmou.

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