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Frederica Lima celebra a Liberdade: “De finalmente estar longe da toxicidade de quem não vive nem deixa viver”

“Mas maior choque do que toda aquela violência é querer aprender e compreender para que nunca mais, com mais ninguém, volte a cair numa relação tão tóxica como esta foi."

Ana Ramos
10 min leitura
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Frederica Lima assinalou, esta quinta-feira, nas redes sociais, a Liberdade, por ocasião do 25 de Abril.

“Liberdade de poder acordar de manhã cedo sem gritos nem a obrigação de ficar na cama a aguardar permissão para me poder levantar. Ter de permanecer imóvel para não incomodar. Liberdade de poder ouvir música quando quero, como quero, a música que eu quero, que eu gosto, de cantar, de dançar, seja em casa, no carro ou de fones em qualquer lugar”, começou por escrever no Instagram.

“Liberdade de poder ter a casa arrumada, organizada, limpa e cheirosa. Liberdade de poder estar com os meus amigos, de sair de casa ou de os receber em minha casa sem ter de pedir autorização, sem gritos, sem maus tratos, sem acusações infundadas e sem violência”, continuou Frederica Lima.

“Liberdade de poder pegar no meu telemóvel/computador sem ser posta em causa, sem violência e sem humilhação constante. Sem ter alguém constantemente a controlar o que faço, com quem falo, sem julgamento e sem me retirarem o telefone das mãos”, acrescentou Frederica Lima.

“Liberdade de ser quem sou, como sou, com as minhas qualidades e os meus defeitos. Liberdade de cumprimentar quem eu quero, de trabalhar onde quero, de comer o que quero, de ir onde quero, de dizer o que me vai na alma”, disse ainda Frederica Lima.

Frederica Lima notou ainda: “Liberdade de finalmente estar longe da toxicidade de quem não vive nem deixa viver. De quem não tolera a felicidade e independência de uma Mulher simples que tudo o que quer é ser feliz, viver com alegria, com música, sorrir e fazer sorrir, de aprender todos os dias mais um pouco, de conhecer o mundo, de construir um futuro, de constituir Família e de realizar os seus sonhos”.

“Teve um preço. Foi preciso ser prisioneira para poder dar valor a todas as pequenas coisas que fazem de nós únicos, livres e felizes. Todos os dias corre uma lágrima pela dor do que se passou, e um sorriso por finalmente ter terminado”, relatou Frederica Lima.

“A todas as Mulheres, nunca permitam que um indivíduo, seja por meio de violência, chantagem, humilhação ou vitimização constante, vos controle e vos aprisione. Que nada nem ninguém vos impeça de serem felizes como merecem. Um grande beijinho a todos, às Mulheres em especial, pois ainda há muito por fazer até que possamos ter Justiça, igualdade e o respeito que merecemos num mundo cheio de meninos mimados e cobardes que acham que as Mulheres são mero objeto”, rematou Frederica Lima.

Nos comentários da publicação, pode ler-se: “Pena deixar que isso tudo tenha acontecido”. “Se visse de fora, provavelmente, diria o mesmo e não conseguiria compreender. Acho mesmo que só quem passa por isto é que sabe por que passou. Porque amou, porque acreditou em todas as mentiras, acreditou numa mudança de comportamento que nunca chegou”, respondeu Frederica Lima.

“Toda a agressividade tinha sempre uma desculpa e a culpa recaía sempre sobre mim, fosse o que fosse, e admito que a lavagem cerebral foi tão bem feita que a minha autoestima foi reduzida a pó. É um ‘acordar’ que demora tempo. Mas, depois, de acordar nunca mais se dorme da mesma forma e muito menos nessa mesma cama. Nunca mais”, completou Frederica Lima.

“A maior cegueira é a de quem não quer ver… e, além de apaixonada, estava cega e permaneci cega por muito tempo, infelizmente”, considerou.

Nos comentários, também escreveu Nádia Lopes, ex-namorada de Nuno Homem de Sá: “Mais pena tenho eu que me apercebi e passei pouco tempo em comparação a todas e tive tanta oportunidade… e nada fiz… Ó tempo volta para trás”. “Sei que tudo aquilo é traumatizante e estarás a recuperar, assim espero. Vê pelo lado positivo, pelo menos, só perdeste três meses da tua vida. E mais alguns a recuperar daquela experiência traumática”, comentou Frederica Lima.

Ainda nos comentários, Nádia Lopes disse também: “Amo tu, minha guerreira”. “Mais guerreira foste tu que meteste um travão ‘a tempo’”, referiu Frederica Lima.

“O controlo vem sempre de gente insegura, mal resolvida e que não é de confiança… sempre”, comentou uma seguidora.

“É verdade. O problema é quando amas alguém e queres ver a pessoa feliz… e a pessoa te diz que ‘isto magoa-me’ e tu deixas de fazer para não magoar… ‘isto faz-me sentir abandonado’ e deixas de fazer porque amas a pessoa e o que mais queres é estar bem com ele… e este ciclo vicioso leva-te a deixares de fazer coisas todos os dias, porque, à mínima contradição, ele explode de raiva e rebenta com tudo à volta dele, inclusive contigo”, afirmou Frederica Lima.

“Só quando sais da prisão é que tomas consciência que não fizeste nada de mal. Falares ou estares com amigas não tem maldade. Ires trabalhar não tem maldade. Saíres do portão para levares o lixo ao contentor não tem maldade. E nem isso ele me deixava fazer. Porque dizia que eu o estava a traumatizar e que ele tinha sido abandonado pela mãe e eu estava-lhe a fazer o mesmo (e o contentor era a poucos metros do portão)… É muita manipulação e controlo doentio de alguém que tem vários problemas e precisa de ser acompanhado”, contou Frederica Lima.

“Eu costumo dizer que quem precisa de psicoterapia leva os outros a acreditarem que eles é que precisam!!! Basicamente, quem só quer ajudar adoece ao ponto de achar que precisa de psicoterapia!! Também passei pelas mãos de narcisistas e pessoas que deveriam estar em tratamento, no mínimo”, indicou outra seguidora.

“Ele precisa de terapia, mas não o culpo só a ele, culpo todos aqueles que o permitiram ser assim e que foram apoiando que ele trocasse de umas para as outras, nos maltratasse sem nunca ser responsabilizado. Quem fechou os olhos sabendo o que se passava também tem culpa e tem a sua parte responsável”, defendeu Frederica Lima.

“Se tivessem dado limites e responsabilizá-lo pela violência que pratica desde cedo, talvez ele pudesse ter tido uma vida diferente em que não rebentava com a maior parte das Mulheres que tentaram fazer dele um Homem e que acreditaram num ‘amor’ que nunca existiu. É tudo mau, é tudo uma grande mentira e um camuflar de uma estrutura podre que continuará a focar-se mais no ‘bom nome’ do que na resolução do problema”, concluiu Frederica Lima.

Outra internauta escreveu ainda: “Lamento tanto… Achava-vos tão cúmplices. A Frederica sempre o defendeu em tudo! Às tantas, pensei que nós (quem via de fora) estávamos errados”.

“Mas eu amei-o muito, nunca hei-de negar. Achei mesmo que ele era tudo o que se dizia ser e acreditei que éramos, de facto, ‘almas gémeas’, independentemente da diferença de idades. Apaixonei-me e confiei cegamente numa personagem que se mostrou, no início, educada, respeitadora, com objetivos de vida e uma visão de vida que se dizia idêntica à minha e, quando me teve como garantida, a máscara começou a cair e o que estava por detrás dela era algo que nem nos meus piores pesadelos poderia imaginar”, confessou Frederica Lima.

“Fui educada e cresci num ambiente estável, saudável e feliz, tive essa sorte e agradeço muito por isso. Mas na minha educação e vivência nunca tinha experienciado violência, muito menos com aquela brutalidade, que se tornou diária bem como constantes insultos, humilhação e toda a agressividade nas ações e nas palavras. Foi e ainda é um choque”, sublinhou Frederica Lima.

“Mas maior choque do que toda aquela violência é querer aprender e compreender para que nunca mais, com mais ninguém, volte a cair numa relação tão tóxica como esta foi nem na conversa fiada de quem usa as mulheres para status, para não estar sozinho, para sexo, para saco de boxe e ele descarregar as suas frustrações, para ser falado, para lhe inflamarem o ego e para ser sustentado. Foi tudo muito mau”, sustentou Frederica Lima.

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