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Filho de Pedro Lima sente-se “ansioso, revoltado e desmotivado”

Duarte Costa
3 min leitura
Instagram

João Francisco Lima, filho de Pedro Lima, utilizou a rede social Instagram para partilhar uma importante mensagem sobre saúde mental. O pai, recorde-se, foi vítima deste problema.

O filho de Pedro Lima admitiu que, também ele, sente-se “ansioso, revoltado e desmotivado” com o novo confinamento provocado pela pandemia da Covid-19. Contudo, está disposto a lutar contra os sentimentos negativos provocados por este delicado momento que a humanidade vive, e está disposto a ajudar aqueles que mais têm sofrido com toda esta situação.

“Estava indeciso se devia partilhar algo hoje. Se o que quero escrever teria o impacto que gostaria, por ser dia de eleições. Mas a causa que defendo não tem momentos mais oportunos do que o agora. Assim, deixo-vos mais uma mensagem”, começou por escrever.

“É este o sentimento que cresce em mim. Quero dar um pontapé convicto nesta segunda onda de reclusão que nos atinge. A ideia de um novo confinamento deixa-me ansioso, revoltado e desmotivado. Mas há algo em mim que pesa em todas as minhas decisões. Também eu conheço a perda sem o adeus. E por isso respeito, ou tento ao máximo respeitar, o dever de confinamento”, referiu.

“Este novo período que nos espera traz de volta perigos que assombram demasiada gente. O meu amigo Henrique Prata Ribeiro, psiquiatra com quem discuto as informações que vos dou, estudou as consequências do confinamento na saúde mental. Concluiu que os participantes que responderam ao estudo, após oito dias de confinamento, apresentavam níveis mais altos nas escalas de depressão, ansiedade e insónia” explicou ainda João, filho de Pedro Lima.

“Há alguns grupos que se destacam, particularmente, pelos resultados negativos: os jovens, as mulheres, os desempregados, os estudantes e as pessoas que já são acompanhadas por psiquiatras. Concluiu também que, de todos os participantes que nunca tinham tido acompanhamento psiquiátrico, um quarto apresentava resultados compatíveis com pelo menos depressão ligeira. Metade apresentava resultados compatíveis com pelo menos ansiedade ligeira e um terço com pelo menos insónia ligeira”, continuou.

Depois, deixou ainda um pedido. Há que ter atenção. Connosco e com os outros. “O que tenho para dizer é simples. Tenham cuidado, estejam atentos, a vocês e aos que estão à vossa volta, e não tenham vergonha ou medo. Porque a Covid mata, mas a falta de saúde mental também. Tu não estás sozinho(a)”, rematou.

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