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Filha de Alexandra Lencastre é ameaçada por canal de televisão

Duarte Costa
3 min leitura
Instagram

Margarida Bakker, filha de Alexandra Lencastre, fez a revelação nas redes sociais.

A filha mais velha de Alexandra Lencastre tem criado algumas polémicas, nas redes sociais, e um canal de televisão pediu a um advogado para deixar um alerta à jovem. A revelação foi feita pela própria num comentário que colocou no Instagram.

Já ando nesta luta pela igualdade de oportunidades e/ou, pelo menos, respeito pela formação/experiência há algum tempo. Cheguei a ser contactada pelos advogados de um dos grandes canais a ameaçarem-me com processos caso a polémica nas redes não terminasse“, confidenciou.

Tenho uma mãe que se deixou corroer pelos valores meramente estéticos que a ficção nacional lhe impôs desde sempre (também é atriz), assim como um pai que produz e sabe que infelizmente já não são os anos 80“, acrescentou ainda Margarida Bakker.

O comentário da filha de Alexandra Lencastre foi feito num desabafo da atriz Inês Vaz, que está a dar que falar entre a classe artística.

Um filme – já antigo, de 2011 – em que sou uma das personagens principais passou ontem na RTP2.  Ao ser promovido nas redes e na página da RTP, omite-se por completo a minha participação no elenco, assumindo apenas os atores com “fama” (ou talvez mais seguidores), mesmo sejam papéis secundários ou participações especiais. Já não é a primeira vez que acontece”, começou por escrever Inês Vaz.

Um ator na atualidade não só tem as chances de integrar um projecto audiovisual, mediada pelos “seguidores” ou grau de fama, como também vê o seu trabalho inviabilizado à posteriori pelas mesmas razões. A lógica que assiste a estas dinâmicas – que é clara – parece-me preguiçosa e desonesta. Esta ditadura da fama e dos seguidores, completamente dominante e dominadora hoje em dia, é, parece-me, um desserviço ao trabalho artístico e criativo. E também ao que estamos a construir como sociedade”, acrescentou.

Tenho quase 20 anos de profissão e um trabalho consistente enquanto atriz, ainda que não seja mediático ou mainstream. Torna-se ofensivo, uma forma de violência e de indiretamente perpetuar a precariedade. E este post é um singelo apelo, à minha pequena escala, para que se repense tudo isto. O que fazer para alterar esta lógica cada vez mais dominante?“, rematou.

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