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Eunice Muñoz adere a campanha contra o “fascismo disfarçado”: “Não, não passarão”

Duarte Costa
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Eunice Muñoz aderiu à campanha “Vermelho em Belém”, votou antecipadamente e deixou farpas a André Ventura, um dos candidatos presidenciais. Segundo a atriz, o “fascismo disfarçado” não poderá passar.

Foi através do Instagram que Eunice Muñoz, de 92 anos, partilhou uma fotografia na qual surge com os lábios pintados de vermelho. Este domingo, votou antecipadamente e não terá sido, certamente, em André Ventura. Na legenda da publicação, deixou uma mensagem contra o líder do Chega.

“92 anos de vida, 45 em ditadura, 47 de liberdade. A memória de um país amordaçado existe marcada na memória de tudo o que vi até à minha meia idade, existe no corpo de todas as personagens que a censura não me deixou interpretar”, lê-se no início da mensagem que Eunice Muñoz colocou online.

“Em 74, vi Portugal renascer às mãos de quem lhe queria bem, às mãos de capitães que ousaram trazer ao povo a liberdade na forma da flor do cravo. Pela memória desse país de medo e solidão, não pode haver nada que nos possa fazer voltar ao redil. Com ou sem batom vermelho, direi ao fascismo disfarçado, até que não possa dizer mais: Não, Não passarão”, acrescentou ainda a artista.

De recordar que os ideais do Partido Chega e do seu secretário-geral, André Ventura, têm sido comparados aos que vários ditadores fizeram proliferar durante o século XX, daí a referência ao “fascismo disfarçado”. Quanto aos lábios vermelhos, devem-se ao facto de o candidato ter criticado Marisa Matias, outra candidata na luta à Presidência, por utilizar batom encarnado.

Dia 24 de janeiro, domingo, quem não votou antecipadamente terá a oportunidade de o fazer. Será aí que Portugal deverá ficar a saber quem é que sucede a Marcelo Rebelo de Sousa como novo Presidente da República.

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