Jorge Guerreiro marcou presença, este sábado, no programa da SIC, “Alta definição”. O artista recordou dois dos momentos mais tristes da sua vida, ao falar da morte do seu pai e, mais tarde, do seu irmão.
“O meu pai ainda esteve muito tempo doente e os meus irmãos foram incrÃveis, não tinha a coragem que eles tiveram. Foi a primeira vez que me deparei com a morte”, começou por dizer. “Eu despedi-me dele. No dia em que faleceu fui ao hospital visitá-lo, tenho essa imagem e esse toque. DoÃ, nós falávamos muito da morte, o meu pai tinha muito medo de morrer“, explicou, ao recordar a morte do pai.
“Todos nós temos o nosso último minuto de vida. É angustiante“, acrescentou.
“Em que é que ele faz mais falta?“, questionou Daniel Oliveira. “As brincadeiras que eu tinha com ele, ele tinha um sentido de humor incrÃvel, falo com ele diariamente. Nos últimos tempos de vida, ele exigia aos filhos um beijo, o que não era normal. Preciso de o sentir todos os dias comigo“, respondeu Jorge Guerreiro.
“Com a minha mãe tenho uma relação diferente, ela é a minha alma gémea e o momento mais difÃcil foi quando tive de lhe dizer que o meu irmão faleceu. Mas só podia ser eu. Disse-lhe da melhor forma que achei na altura, tive que assimilar isso“, afirmou.
O cantor recordou, emocionado, o irmão que faleceu: “O nosso contacto não era frequente, mas tÃnhamos uma boa relação. Era aquele irmão com quem dormi durante muitos anos. Ele não vivia em Portugal. Tivemos de ir e de fazer a viagem para o funeral e foi terrÃvel, e pensas que já podias ter feito aquela viagem para o visitar… Podias ter feito e não fizeste. Não o conseguimos trazer para Portugal porque não havia disponibilidade financeira. Ele faleceu repentinamente“.
“Ele dizia que quando viesse a Portugal queria ver um concerto meu com os filhos. Mas, penso sempre se podia ser mais, ou podia ter feito mais“, rematou.