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Eduardo Beauté morreu há um ano! Luís Borges recorda a última conversa

Duarte Costa
3 min leitura
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Eduardo Beauté, o “cabeleireiro dos famosos”, morreu no dia 7 de setembro de 2019. Um ano depois, Luís Borges recordou a última conversa que teve com ele.

De recordar que, inicialmente, foram levantadas as suspeitas de suicídio e de crime, mas dias depois o resultado da autópsia revelou que Eduardo Beauté morreu de causas naturais, aos 52 anos, com uma embolia cerebral.

Leia aqui o texto de Luís Borges:

Eduardo,

Faz hoje um ano que partiste, um ano em que as nossas vidas ficaram mais vazias e mais tristes.

Lembro-me perfeitamente da nossa última conversa, sentados no sofá da tua casa. As últimas conversas nunca se esquecem, principalmente quando a vida não nos dá a chance da despedida. Precisavas de um fim de semana para descansar, longe de saberes que aquele seria o do teu eterno descanso.

Pois esse fim de semana tornou-se no mais triste da minha vida. Tiraram-me o tapete e eu não estava preparado para isso. Senti-me desamparado e sem saber o que fazer, por mais pessoas que tivesse ao meu redor.

A minha única preocupação era como iria dizer aos nosso filhos que o pai já não iria poder passear, brincar, levar à escola, encher de mimos… Fazer tudo o que tu tão bem fazias com eles. A Lu é, sem dúvida, a que sente mais a tua falta. Era e será sempre a princesa dos teus olhos. Era contigo que ela desabafava e adorava dormir de conchinha.

Por mais amor que lhe dê, o vazio que ela sente eu nunca vou conseguir tapar… Hoje irá a Fátima, como tu tanto gostavas de ir, rezar por ti. Com a tua partida, tornei-me um Luís mais vulnerável e que consegue exprimir melhor aquilo que sente. Talvez esta seja mais uma forma que encontrei de te manter vivo em mim: ser um pouco do tanto que tu te expressavas sem medo.

Penso muito em ti e em todos os momentos que vivemos juntos. Quero recordar-te como o bom amigo e pai que foste, sempre pronto a ajudar e a resolver os problemas de todos. Aquele que, quando tinha, dava tudo, mesmo que ficasse sem nada.

A vida é injusta e acho que foi muito contigo… Sei (sinto) que estás bem e aqui em baixo também estamos. Os nossos filhos, que irão sempre ter dois pais, estão a crescer a olhos vistos e, por mais que tenham uma ferida dentro deles, pela tua partida, estão rodeados de amor aqui em casa. Estão rodeados de amor… E são também o amor que me rodeia“.

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