O julgamento de Abel Fragoso começou esta segunda-feira, no tribunal de Almada. Em causa está o assassinato da irmã de Yannick Djaló, a 15 de setembro de 2018. O jogador recordou aqueles que foram “os piores dias” da sua vida.
De acordo com o jornal Correio da Manhã, Djaló disse no tribunal que foi obrigado a treinar pelo clube no qual jogava, na Tailândia, mesmo depois de ter informado o presidente que a irmã tinha morrido. “Durante o treino, corriam-me as lágrimas. Foram os piores dias da minha vida”, terá desabafo o futebolista, de 33 anos.
Açucena foi uma vítima das circunstâncias. Estava no local errado à hora errada. Regressava a casa, após uma noite de festa com os amigos, na Moita, quando foi atropelada. O autor do crime? Abel Fragoso, de 22 anos, que segundo a acusação queria vingar-se de um grupo rival, que o teria agredido momentos antes do ataque.
O mesmo explicou em tribunal que o acidente terá ocorrido por falta de experiência, já que tinha a carta há apenas dois meses, e que nessa altura estava a ir para casa, a “20 ou 30 quilómetros por hora”. A mesma publicação refere que tal vai contra o testemunho dos militares da GNR que assistiram ao crime, sendo que na versão destes o automóvel seguia a grande velocidade.
Abel Fragoso responde pela prática de um crime na forma consumada, 16 na forma tentada e condução perigosa. Arrisca uma pena de 25 anos.