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Diogo Infante foi vítima de bullying: “Desejava ardentemente ser integrado e abraçado”

Diogo Infante chegou a interpretar personagens consoante a companhia e só aos 21 anos é que começou a sentir-se ele próprio...

Duarte Costa
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Diogo Infante, ator com mais de 30 anos de experiência em televisão, confessou que foi vítima de bullying durante a infância e que não conseguia entender o motivo.

A imagem que tenho de mim é de um filho único mimado. Era um puto muito sensível, bom aluno. Muito calado, porque me sentia sempre muito julgado. Não me sentia parte de um grupo. Eu desejava ardentemente ser integrado e que me abraçassem, mas não me integrava. Eram várias coisas. Andava à procura de mim próprio“, admitiu em entrevista a Nuno Azinheira para a revista Nova Gente.

Cresci num ambiente muito feminino e talvez assim se explique que eu fosse um miúdo um bocadinho feminino na forma como falava e me comportava. Sofri um bocadinho de bullying. Na altura, não percebia o porquê. Gozavam comigo porque eu tinha a voz um bocadinho aguda ou tinha alguns trejeitos mais femininos. Ora, em consequência, fechei-me, meti-me na minha própria bolha. Tornei-me um ser mais tímido, mais calado, mais fechado“, desabafou.

Perto do início da adolescência, Diogo Infante fez uma escolha. “Quando fiz 12 anos, tomei a decisão consciente de me reeducar. Sempre fui muito físico e atlético, e então decidi investir no desporto e passei a dar-me com rapazes. Portanto, foi através do desporto que me consegui afirmar junto dos rapazes. Porque, como era bom no desporto, merecia o respeito deles“, explicou, tendo assumido que chegou a desenvolver personagens consoante a companhia.

Só anos mais tarde, aos 21, é que começou a sentir-se ele próprio. “Já no Conservatório. Por isso é que o Conservatório foi essencial para mim. Tinha 21 anos. Já tinha feito o curso de Turismo, era um homem independente, mas ainda à procura do meu espaço. Eu sabia que o teatro me dava essa liberdade. Ali eu não precisava de estar a viver outras vidas. Eu vivia porque queria, não porque precisasse“, concluiu.

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