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Dalila Carmo confrontada: “Porquê que não dizes logo que já estás fartinha de aturar a Alexandra Lencastre?”

"Acho que temos obrigação de fazer parte da mudança, de tentar mudar paradigmas."

Ana Ramos
2 min leitura
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Dalila Carmo esteve, esta quarta-feira, à conversa com ‘As Três da Manhã’, na Rádio Renascença, e falou sobre o que pensa acerca da ficção nacional.

“Há um ano disseste o seguinte: ‘Fiz ininterruptamente ficção nos últimos 20 anos e não mudou assim tanto’. Porquê que não dizes logo que já estás fartinha de aturar a Alexandra Lencastre?”, perguntou Ana Galvão.

“Porque não estou fartinha de aturar a Alexandra Lencastre! Eu adoro a Alexandra. Não, nada a ver”, respondeu Dalila Carmo.

“Eu acho é que, de facto, nós precisamos de promover mais os conteúdos sobre tudo. Obviamente que os orçamentos também cá são sempre muito limitativos. Seja em cinema ou em televisão, nós não temos o mesmo plafond que encontras noutras realidades audiovisuais europeias, mas, acima de tudo, é os conteúdos. Eu vou sempre bater nesta tecla dos conteúdos”, explicou Dalila Carmo.

“Vocês já perceberam o papel das mulheres na ficção, que continuam todas à batatada umas com as outras por causa de um gajo e o gajo é sempre um coitadinho… coitadinho é o prémio, é a vítima e as mulheres arrancam cabelos umas às outras, matam-se, chamam nomes”, descreveu Dalila Carmo.

“É que isto é surreal! As pessoas estão um bocadinho desligadas do mundo e desta evolução que devia acontecer, portanto, eu acho que temos obrigação de fazer parte da mudança, de tentar mudar paradigmas. Não consegues mudar a estrutura de uma história, mas, se puderes contribuir para não continuarmos a ser as mesmas tolinhas… Eu acho que já merecemos! É muito chato”, considerou Dalila Carmo.