fbpx

Companheira de Ruben Aguiar reage à sentença: “Ele já teve castigo suficiente”

"Nós não estávamos nada à espera."

Ana Ramos
6 min leitura
Facebook

A companheira de Ruben Aguiar, Isabel Pinto, foi entrevistada em exclusivo pela equipa do “Dois às 10”, da TVI, esta quinta-feira, e reagiu à decisão do tribunal de Almada, conhecida na semana passada, relativamente aos acontecimentos que remontam a abril do ano passado, em Alcochete.

O cantor foi condenado a uma pena de prisão de cinco anos e seis meses de prisão efetiva. “Nós não estávamos nada à espera, porque o depoimento do Ruben foi muito sincero e todas as imagens indicavam que seriam ofensas à integridade física por negligência”, começou por dizer Isabel Pinto.

“Estávamos com boas expectativas, mas isso não aconteceu, infelizmente. O Ruben está muito em baixo. Não era o que esperávamos, realmente. Não era isto que esperávamos”, acrescentou a companheira de Ruben Aguiar.

“Acho que o Ruben voltou a entrar em estado de choque, embora não tanto como da primeira vez, quando foi apanhado no aeroporto de surpresa e foi preso. Aí, ele entrou mesmo em estado de choque, não estava nada à espera. Aqui, ele continua perto da família, dos filhos, é uma ajuda. Não tem nada a ver com o que aconteceu antes, mas precisa sempre de medicação para dormir e para passar o dia, porque há aquela constante pressão das notícias e tudo mais. Então, ele sente-se muito injustiçado”, confessou Isabel Pinto.

“‘Tentativa de homicídio’ – este foi o título que surgia em todas as notícias. Quando eu tenho acesso ao vídeo, é claro que eu estava à espera do que as notícias todas projetaram para fora e até mesmo a Polícia Judiciária, ou seja, seria o atropelamento em que um homem estava em frente do carro e até houve certos canais que disseram que o Ruben anda para a frente e para trás. Enfim”, lamentou a companheira de Ruben Aguiar.

“Quando eu vejo o vídeo, não foi nada do que foi projetado para fora. Ele está constantemente a ver o vídeo de frente para trás, isto acontece milhares de vezes e está sempre focado naquilo. Não compreende porquê tanta injustiça, nunca quis matar ninguém e, na cabeça dele, é aquela pressão sempre, a toda a hora”, descreveu Isabel Pinto.

A companheira de Ruben Aguiar acrescentou ainda que “continuam a achar que o senhor foi atropelado à falsa fé, ou seja, que o senhor encontrava-se de costas, à falsa-fé, quando não”: “Nas imagens, conseguimos verificar muito bem que o homem não está de costas, está de frente para o carro, na lateral direita. Nunca está à frente, ou seja, é possível que o Rúben não esteja sequer a ver a vítima à frente, ali ao lado direito, porque, é assim, vinham carros do lado oposto, é impossível termos visibilidade a 100% da vítima”.

“O Ruben nunca fugiu para longe. O Ruben estava ali há dois minutos mesmo, na próxima curva, que é ali onde se encontra o programa ‘O Preço Certo’, que estava a fazer na altura. Ficou ali cerca de uma hora ou duas horas, pôs-se em risco de passar a vergonha de entrar a polícia por lá dentro para o apanhar, porque as bombas de gasolina têm câmaras, têm tudo”, comentou ainda Ruben Aguiar.

“Para mim, isto demonstra que o Ruben não teve noção, talvez, da gravidade da situação. O Ruben não tem antecedentes criminais nenhuns e falhar nós todos falhamos. Acho que deveria ser dada uma segunda oportunidade porque o Ruben tem demonstrado ser uma pessoa na sociedade integrada, sem problemas nenhuns com a Justiça e isto poderia ter acontecido a qualquer um de nós”, considerou ainda Ruben Aguiar.

Isabel Pinto referiu ainda que acredita que Ruben Aguiar “precisa de uma segunda oportunidade”: “O Ruben já sofreu o suficiente. Ele foi preso assim de repente, foi agredido dentro do estabelecimento prisional, foi queimado lá dentro. Eu acho que o Ruben já sofreu o suficiente, eu acho que já chega. Se era para apanhar um castigo, ele já teve o castigo suficiente. Acho que já chega, acho que merece uma segunda oportunidade”.

“Estamos a trabalhar para um pedido, para que ele possa sair aqui em Portugal Continental, para que ele possa fazer as atuações, pelo menos, e depois volta a casa, preso na mesma, com pulseira eletrónica, mas que volte, pelo menos, a fazer o seu trabalho, que é uma questão de duas horas para se deslocar aqui na ilha da Madeira, Açores e Portugal Continental”, revelou Isabel Pinto.

“O Ruben é a nossa única fonte de sustento e estamos assim já há um ano. Portanto, temos a escola dos miúdos, temos as despesas da casa, temos o crédito da habitação e temos estado a aguentar este ano todo, mas chega a um ponto em que já não dá mais”, rematou a companheira de Ruben Aguiar.

Veja aqui as declarações.