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Cláudio Ramos: “Hoje, há muita gente a comentar, mas há muito pouca gente a saber comentar”

"Se tu falas do pontapé que aquele deu, do golo ou da cabeçada, se falas das percentagens das sondagens da eleição, então, por que não falar seriamente do mundo cor de rosa?! Se é para fazer, que seja bem feito!"

Ana Ramos
3 min leitura
Cláudio Ramos

Cláudio Ramos esteve, esta terça-feira, na rádio Mega Hits e respondeu a algumas perguntas da rubrica “Cala-te Boca” e aproveitou para falar sobre o trabalho de comentador.

Questionado sobre se tem muitas pessoas a darem-lhe “graxa” e quem é que o faz, o apresentador comentou: “Imensa gente! Tu percebes logo, nem sequer dá um nome porque há imensa gente, mas também há o contrário, aquelas pessoas que no início não entendiam e vinham tirar satisfações e coisas do género. Ganhavam as mesmas. Não valia a pena”.

“Quando eu digo que não me envergonho [de tudo o que fez até hoje], se eu olhar para trás, se for ver tudo, é claro que há coisas que hoje, com a idade e maturidade, não diria. Quando digo que não me arrependo é que foi preciso fazer tudo aquilo para chegar aqui”, afirmou Cláudio Ramos.

“O trabalho de comentador é um trabalho muito difícil, tem de ser bem feito. Hoje não há muita gente a fazer o trabalho bem feito. Na altura, não haviam tantos comentadores. Havia eu, o Daniel Nascimento e a Maya, não havia mais ninguém. Hoje, há muita gente a comentar, mas há muito pouca gente a saber comentar e têm de olhar para o trabalho de comentador mediático como olham para o comentador desportivo, ou comentador de política, com a mesma seriedade”, sublinhou Cláudio Ramos.

“Não é ler uma revista, dizer três coisas e achar que se é o Cláudio Ramos. Não, têm de saber fazer. Por isso é que eu acho que os programas de social, mediáticos, fofoca, como queiram chamar, de gossip, têm de ser levados tão a sério como outro formato qualquer e as pessoas têm de estar tão preparadas como outras pessoas quaisquer. Estás a mexer com a vida de uma pessoa, estás a falar de uma pessoa”, defendeu ainda.

“Se tu falas do pontapé que aquele deu, do golo ou da cabeçada, se falas das percentagens das sondagens da eleição, então, por que não falar seriamente do mundo cor de rosa?! Se é para fazer, que seja bem feito”, completou Cláudio Ramos.

“Isto é como o sarampo, as pessoas que não vacinam os filhos para o sarampo porque têm medo, mas o sarampo está aí. Depois, é o que é. Não vale a pena esconder”, rematou.