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Cláudio Ramos e Joana Amaral Dias em ‘bate-boca’: “Olha, então, eu sou um ser raro”

"Tu é que não ouviste o que eu disse. Eu não disse que eram comparáveis."

Ana Ramos
4 min leitura
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Durante a emissão da rubrica “Atualidade”, no “Dois às 10” desta terça-feira, na TVI, Cláudio Ramos e Joana Amaral Dias entraram em discórdia sobre um dos temas em debate, a gratidão e o perdão.

“O perdão ao outro é um sentimento muito complexo, é um dos sentimentos do ponto de vista da psicologia emocional mais difíceis de alcançar – a gratidão e o perdão. O perdão é possível quando, efetivamente, do outro lado há um interlocutor que também o facilita”, referiu Joana Amaral Dias.

“A gratidão acho que é fácil de alcançar, o perdão é difícil. A gratidão e o perdão são coisas muito diferentes mas é mais fácil eu ser-te grato a ti, a uma ocasião. No meu caso, o perdão é difícil”, referiu Cláudio Ramos.

“Só se for aquela coisa do ‘Ah! Estou muito grato’ no Instagram: ‘Gratidão, gratidão. Sinto-me abençoada’. É que agora toda a gente fala sobre isso”, ironizou Joana Amaral Dias.

“Não é isso, não foi isso que eu disse. A gratidão e o perdão são coisas diferentes, mas é mais fácil eu ser-te grato a uma ocasião… no meu caso”, explicou Cláudio Ramos.

“A verdadeira gratidão é raríssima. As pessoas ficarem de facto reconhecidas”, sublinhou Joana Amaral Dias. “Então, olha, fico muito contente de eu ser uma das pessoas raras, que sei o que é a gratidão”, ripostou Cláudio Ramos.

“Então, está bem, és raro. Estou a falar aí da gratidão dos coaches e Instagram’s da vida: ‘Ah! Sinto-me abençoada e não sei quê’… Não, não. A verdadeira gratidão de a pessoa ficar, de facto, reconhecida e sentir essa dívida de gratidão para com o outro ai é mais raro do que uma agulha num palheiro. Estou a ver que gostaram do tema que eu introduzi, a gratidão e o perdão”, disse Joana Amaral Dias.

“Fizeste a comparação entre duas coisas que no meu ponto de vista não têm nada a ver. Gratidão é uma coisa, perdão é outra”, referiu Cláudio Ramos. “Não fiz nenhuma comparação, Cláudio. Tu é que não ouviste o que eu disse. Eu não disse que eram comparáveis. Eu não disse que gratidão era parecido com perdão, nada disso! Aquilo que eu disse é que gratidão e perdão são dois sentimentos complexos, são os dois sentimentos mais complexos”, descreveu Joana Amaral Dias.

“Eu percebi, só que, para mim – só para acabarmos com isto, para que fique claro -, a gratidão é uma coisa muito fácil de conseguirmos… Olha, então, eu sou um privilegiado. E o perdão não”, clarificou Cláudio Ramos, sendo que Joana Amaral Dias não concordou.

“Olha, então, eu sou um ser raro. Eu estou a falar de mim, eu não sou as pessoas. O que eu quis dizer à Joana foi que gratidão é uma coisa, perdão é outra. Eu sou grato e não sei perdoar. Não têm a mesma dificuldade”, continuou Cláudio Ramos.

“Têm, têm”, afirmou Joana Amaral Dias. “Para mim, não”, negou Cláudio Ramos. “Isso é para ti, homem”, acrescentou Joana Amaral Dias.

“Tu és a minha psicóloga, eu sou o teu paciente”, disse ainda Cláudio Ramos. “Mas não és meu paciente e eu, como psicóloga, falo da média da estatística. Na média, gratidão e perdão são os dois muito difíceis de alcançar. São sentimentos sofisticados”, rematou Joana Amaral Dias.

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