Cláudia Nayara foi uma das convidadas desta quarta-feira de Manuel Luís Goucha, na TVI, e falou sobre a polémica da alegada contrafação na qual está envolvida.
A também cantora explicou que começou por vender “roupa normal, tudo normal, sem ser de marca”, que ia “buscar aos chineses”, durante dois anos. Depois, passou a vender as ditas ‘réplicas originais’ de artigos de marcas de luxo.
“É uma imitação, completamente (…) muito parecidas”, disse, em relação ao nome que deu aos artigos que vendia, deixando, no entanto, “no segredo dos deuses” como os obtinha. “É contrafação. Eu não posso estar aqui a dizer que não sabia o que estava a fazer, porque eu sabia, sabia que era ilegal, não sabia era da gravidade total”, confessou.
Cláudia Nayara contou ainda que várias pessoas a avisaram que podia correr mal: “Sinceramente, quem vê os meus diretos, eu deixei-me levar completamente. (…) Sempre brinquei com isso [‘réplica original’] até ao dia em que me acontece o que acontece”.
Contudo, afirmou que não ganhou “muito dinheiro” e que não está correto referir-se que ganhou meio milhão de euros. “Quem me dera! Não estava aqui, estava no Brasil”, respondeu, prontamente, confirmando que “muita coisa” declarou às Finanças. Em relação aos carros, confirmou que tem um Mini e um Mustang, que “está apreendido e, ao mesmo tempo, não está” e que mais não pode divulgar.
“É preciso saber que, nesta causa não existe só uma Cláudia Nayara. (…) Quem é que não tem telhados de vidro? Só acho uma cobardia em Portugal as pessoas falarem demais, dizerem aquilo que não é realmente verdade”, disse, referindo que a pessoa que lhe fornecia os artigos também é arguida na Operação “Malas Douradas”.
“A multa estou cá eu para pagá-la, estou cá para enfrentá-la. Estou aqui para pagar os meus erros. (…) Se eu fiz, tenho de assumir o erro e tenho de pagar por ele, ponto final. Não sou mais nem menos do que alguém”, continuou Cláudia Nayara. Porém, sublinhou: “Não matei, não roubei! Os meus clientes compraram, sabiam aquilo que estavam a comprar! Não fiz mal a ninguém! Como eu, muita gente, ponto”.
“Sou muito sincera, quando uma pessoa começa a ganhar mais um bocadinho de dinheiro, ainda quer ganhar mais um bocadinho de dinheiro… claro que sabia que estava a arriscar, mas eu e mais mil. Só que eu não sei o porquê de tanto impacto comigo, até ao dia de hoje”, confessou Cláudia Nayara.
Depois que saíram as notícias de que estava envolvida nesta operação, Cláudia Nayara confessou que precisou do seu “espaço” para “refletir” e que tem sido “muito duro”. “Tive a melhor atitude desta vida que é estar fechada, pensar no erro e não cometê-lo mais e é isso que vou fazer”, garantiu. “Até ao dia de hoje, há uma coisa que eu faço na minha vida que é não enganar ninguém”, continuou.
“Chego à conclusão – e digo isto para outros vendedores – que não adianta querer muito. O querer muito perde-se muito rapidamente. Quem tudo quer, tudo perde – e foi isso que me aconteceu”, concluiu.
Mas Cláudia Nayara sublinhou que esta situação “não pode prejudicar a paixão como cantora”. E que continua a ter convites para atuar: “Vou continuar a fazer aquilo que eu mais amo que é cantar”.
A cantora esclareceu ainda o que lhe aconteceu com a conta do TikTok, há dias. “Há presentes que as pessoas dão e a minha conta foi abaixo assim de repente, estava a fazer uma live e aquilo foi abaixo”, começou por dizer, referindo que esses presentes correspondem a dinheiro e que tinha, no total, “cento e tal euros”.
“Tive um aviso na live, mas olhei e aquilo foi abaixo e disse ‘não estou a perceber nada disto. Vou ao saldo e nada. ‘O que vou fazer agora? Foi antes da meia-noite. O pessoal estava a dizer para esperar até à meia-noite, porque a algumas pessoas acontece isto e, afinal, tinham razão. A partir da meia-noite, apareceram os cento e tal euros outra vez e eu fiquei logo toda feliz e contente”, terminou.
