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Catarina Raminhos sobre debate em Bruxelas: “Um dos temas mais debatidos foi a chamada ‘Green Transition’”

"Achei interessante este novo formato de debate, porque é mais dinâmico."

Ana Ramos
6 min leitura
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Catarina Raminhos tem partilhado com os seguidores algumas informações sobre o debate a que assistiu em Bruxelas com os candidatos a presidente da Comissão Europeia. Esta sexta-feira, partilhou nas redes sociais algumas consideração sobre o que ouviu.

“Achei interessante este novo formato de debate, porque é mais dinâmico (apesar de às vezes o tempo de resposta ser demasiado curto para apresentar propostas concretas). Houve intervenções fortes, outras mais ‘ao lado’; candidatos que começaram bem e foram ‘desaparecendo’ e outros que começaram mal e acabaram em alta. Amanhã, com a devida distância, escrevo sobre tudo isto (do meu ponto de vista, é claro, porque não sou comentadora política e há muito que deixei de ser jornalista)”, escreveu nas stories do Instagram esta quinta-feira.

“Com uma dinâmica fora do habitual, o debate Eurovisão contou com perguntas da plateia e com um pitch em que cada candidato a presidente da Comissão Europeia falava diretamente para uma câmara, enumerando as razões pelas quais deveria vencer as eleições”, contou Catarina Raminhos.

“Cada um tinha ainda três oportunidades de reagir ou colocar questões a outro candidato. Em debate, seis temas: economia e emprego; defesa e segurança; clima e ambiente; democracia e liderança; migração e fronteiras e inovação e tecnologia”, descreveu Catarina Raminhos.

“É difícil responder à inevitável pergunta sobre quem ganhou. Mas posso dizer que Nicolas Schmit, do Partido Socialista Europeu, não começou da melhor forma, mas foi ganhando força ao longo do debate e foi o mais capaz de ‘encostar’ Ursula Von der Leyen às cordas. Foi corajoso quando disse com todas as letras ‘não considero o ID e o IRC (partidos da extrema-direita) como forças democráticas. Vejam o que têm feito com as mulheres e como têm criado fake news!’”, comentou Catarina Raminhos.

“Gostei das respostas concretas de Terry Reintke, candidata dos Verdes Europeus, que se apresentou segura e muito bem preparada e soube usar a sua história pessoal, por exemplo quando falou dos pais agricultores. Só não esteve tão bem na última questão acerca de inovação e tecnologia, que ignorou para falar da sua orientação sexual, parecendo querer muito conduzir a conversa nesse caminho e já estar a ficar sem tempo”, considerou Catarina Raminhos.

“Sandro Gozi, do Renew Europe Now, oscilou entre respostas certeiras e outras mais vagas, e protagonizou alguns momentos mais divertidos, como quando citou a música dos Queen ‘Don’t stop me now’ para pedir que o deixem mostrar trabalho”, mencionou Catarina Raminhos.

“A atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do Partido Popular Europeu, espera renovar o mandato e até começou bem, conseguindo esquivar-se dos ataques dos restantes candidatos (nomeadamente de Schmit e Gozi). No entanto, foi tendo uma presença cada vez mais apagada à medida que o debate foi avançando”, afirmou Catarina Raminhos.

“Walter Baier, da Esquerda Europeia, entrou com muitas hesitações e frases repetidas (como ‘esta guerra tem de terminar agora!’), mas esteve muito bem em dois ou três momentos concretos – talvez os mais fortes quando partilhou a história da avó, morta em Auschwitz ‘por não se terem aberto as fronteiras naquela altura’, e – sobretudo para os portugueses – quando na sua apresentação revelou que a sua citação preferida está na canção ‘Grândola, Vila Morena’, nos versos ‘em cada esquina um amigo; em cada rosto igualdade’. No final do debate, confessou que gosta muito do povo português, que esteve nas comemorações do 25 de Abril e ‘foi maravilhoso’ e que ‘a revolução portuguesa foi um ponto de viragem na história europeia’”, recordou Catarina Raminhos.

“Um dos temas mais debatidos foi a chamada ‘Green Transition’, que pretende tornar a indústria europeia cada vez mais ecológica e sustentável, Inteligência Artificial, a criação de melhores empregos (e mais qualificados) para combater a pobreza – e desta forma enfraquecer o discurso da extrema-direita – a questão da habitação e da segurança (com especial enfoque no conflito entre a Rússia e a Ucrânia)”, sublinhou Catarina Raminhos.

“Cerca de 373 milhões de eleitores são chamados a escolher os 720 deputados ao Parlamento Europeu, nas eleições que decorrem nos 27 Estados-membros entre 6 e 9 de junho. Portugal elege 21 eurodeputados no dia 9 de junho e, pela primeira vez, os portugueses vão poder votar em qualquer mesa de voto no país, para contrariar a abstenção num fim de semana prolongado devido ao feriado nacional de 10 de junho”, informou ainda Catarina Raminhos.

Catarina Raminhos
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