Carolina Deslandes fez duras críticas aos órgãos de comunicação social que reproduziram opiniões sobre os looks dos Globos de Ouro, da SIC. Segundo a artista, tal pode ser considerado mesmo de bullying.
Carolina Deslandes, artista que venceu foi distinguida com o prémio de Melhor Atuação na categoria de Música, no domingo, na gala da 26.ª edição dos Globos de Ouro, da SIC, está revoltada com as opiniões que foram desenvolvidas e reproduzidas por órgãos de comunicação social relativamente aos looks que as figuras públicas utilizaram na cerimónia e que foram esmiuçadas durante a passagem pela passadeira vermelha presente no local.
“Só para que fique claro, não adianta de nada partilhar vídeos de campanhas de bullying nas escolas, chorar com um vídeo e partilhar nos stories ou dizer que vamos ensinar melhor os nossos filhos se o bullying é mantido, perpetuado e apoiado pela comunicação social”, começou por escrever, esta quarta-feira, na rede social Instagram.
“Não adianta de nada falar da geração perdida das redes sociais e dos miúdos que gozam com o que os colegas levam vestido para a escola, se acontece sempre a mesma coisa cada vez que há um evento em que as pessoas nomeadas têm de fazer uma passadeira vermelha. Não adianta falar de ansiedade, de segurança, de body shaming, se continua a acontecer à tromba estendida em todo o lado. As gerações observam-nos e imitam-nos”, criticou.
“As pessoas que têm um jornal, uma revista, uma voz, um microfone e uma posição de destaque têm essa responsabilidade social. E a responsabilidade social tem de ser maior do que o ego, maior do que a vaidade e maior do que o nosso próprio gosto. Quando o Ronaldo ganha a bola de Ouro, não interessa que cabelo leva ou que fato leva – interessa que está a vencer e a inspirar milhares de pessoas a irem atrás dos seus sonhos”, acrescentou ainda Carolina Deslandes.
“Foquem-se no que interessa. A noite de domingo não é sobre o que cada um veste, sobre a vida pessoal de ninguém, nem sobre o aspeto de ninguém. É sobre feitos. Se o rescaldo da noite é procurar a fragilidade e apontar para ela, procurar destruir o outro e deixá-lo inseguro, então vocês não entenderam nada“, rematou.
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