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Carlos Areia recorda infância: “Eu e a minha avó vivemos muito tempo num quarto sem luz”

Renata Cunha
5 min leitura

Depois do lançamento do livro ‘As Minhas Raízes’, Carlos Areia marcou presença no programa ‘Júlia’ onde recordou a sua infância e algumas memórias reveladas na sua obra.

O ator revelou que sofreu uma grande perda com apenas dois anos. A morte da mãe, vítima de meningite levou a progenitora e a maioria das memórias com ela.

Carlos foi criado pela avó, tias e pelo pai ainda que a vivência com o último tenha sido atribulada. “Com a morte da minha mãe – ele era completamente apaixonado pela minha mãe – e desapareceu, meteu-se com os copos, o vinho, perdia empregos. Andou desorientado durante muitos anos“, recordou.

O grande apoio do ator foi a avó a quem tem muito a agradecer. “Acho que falhei porque não tinha formação, não me educaram. Fui violentado e depois não tinha formação para dizer que gostava dela, que podia ter feito muito mais por ela, não fui um bom neto, não retribuí. Ela deu-me a vida. Eu e a minha avó vivemos muito tempo num quarto sem luz“, confessou.

A primeira vez que Carlos recebeu um brinquedo foi aos sete anos, oferecido pela tia Regina. Apesar das adversidades, o ator admite que “não era triste”. “Era alegre naquela tristeza. Adorava aquilo e não me apercebia como estava a ser maltratado pela vida“, garantiu.

Mais tarde, Carlos foi viver com o pai, no entanto, acabou por fugir de casa, ficando vinte anos sem o ver. Passados esses anos, ambos voltaram a ver-se quando o ator já era pai de Cristina, a sua filha mais velha.

Durante a conversa com Júlia Pinheiro, o ator teve uma surpresa marcada pela presença das irmãs, Júlia e Elisa. Da parte das filhas e dos netos, Carlos recebeu um vídeo. As surpresas culminaram com a entrada, nos estúdios, da sua atual companheira, Rosa Bela, com quem está há quase 12 anos.

“É estranho [ela adorar-me]. Até de manhã quando eu acordo ‘lindo’, ela diz: ‘Gosto tanto de ti’. Ela deve estar bêbeda”, afirmou o ator em jeito de brincadeira. “Ela gosta muito de mim e eu gosto muito dela, e cada vez a admiro mais. Pela idade que tem, pela força que me tem dado, pelo abre olhos que tem sido na minha vida“, acrescentou.

Apesar de revelar que não diz muitas vezes “amo-te”,  Carlos aproveitou a ocasião para prestar uma declaração a Rosa: “Ela sabe, eu amo-te muito. Mas ela merece que eu diga mais vezes“.

A atriz aproveitou para confessar que é ela quem lhe dá para força para continuar.  “A situação em si era nova, ele nunca tinha passado por estas dificuldades todas, não sabia muito bem lidar com aquilo e para mim era mau, mas um bocado normal porque eu também não vim de uma família rica, passei por algumas dificuldades familiares. Para mim não era não [era nada que não se pudesse resolver]. E resolve-se sempre. Eu levo as coisas muito assim. Ele vai muito ao fundo. O problema ainda não chegou e ele já está a sofrer por antecipação. Eu disse que quando chegar estamos cá e vamos resolver como sempre resolvemos”, explicou Rosa.

Carlos Areias casou pela primeira vez com a mãe de Cristina, no entanto não voltou a trocar as alianças. Com a mãe de Dulce, a segunda filha, esteve trinta anos e, por agora, também não tem planos para dar o nó com Rosa.

“Não é que tenha pensado nisso, mas pensei mais nela. Eu tenho 75 anos, de hoje para amanhã não sei, esta rapariga vai casar e ficar presa a um casamento de papel? É que não interessa nada”, confessou Carlos Areia.

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