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Britânico internado na mesma unidade de Boris Johnson descreve os seus últimos dias

Vanessa Jesus
2 min leitura
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Dave Hunt, um assistente de vendas de uma empresa especializada em soluções de software, de 38 anos, esteve dez dias internado no hospital de St. Thomas, em Londres, onde Boris Johnson também esteve. O britânico, que esteve infetado com covid-19, partilhou a experiência dos últimos dias à Sky News.

“Vê-se muitas pessoas a morrer”, começou por dizer, revelando que esteve ligado a um ventilador por não conseguir respirar por si próprio. Disseram-lhe que provavelmente iria dormir entre cinco a 10 dias enquanto estivesse ligado ao aparelho.

“Foi isso que me fez ter consciência do que se passava. Liguei a meu irmão e disse-lhe qual era a palavra-passe do meu computador para que ele pudesse ter acesso ao meu testamento”, revelou. Dois dias depois, acordou num ambiente que descreve como “um caos organizado”, uma vez que os alarmes tocavam cada vez a saúde doentes piorava.

“Assim que acordei, pensei: ‘Estou vivo ou morto?’ Claramente estava vivo, mas tinha este tubo de 30 centímetros na minha garganta e não conseguia falar”, disse. Agora, encontra-se em casa mas não esquece os momentos “absolutamente horríveis” que viveu durante o internamento e que o afetaram mentalmente.

De recordar que também o primeiro-ministro britânico teve alta hospital no domingo, 12 de abril, e aproveitou para publicar um vídeo de agradecimento a todos os médicos e enfermeiros do serviço nacional de saúde do país. Boris Johnson agradeceu ainda ao enfermeiro português, Luís Pitarma, por tê-lo acompanhado.