Benedita Pereira esteve, esta quarta-feira, à conversa com Manuel Luís Goucha, na TVI, e recordou o sucesso dos “Morangos com Açúcar”, série na qual interpretava Joana.
Na altura, a atriz tinha 17 anos, estava a terminar o ensino secundário e foi viver para Lisboa: “Foi começar do zero. A minha mãe veio fazer uma transição, umas semanas… É muita coisa! Há coisas parvas como saber cozinhar… mas fazer novas amizades, a responsabilidade que eu fui percebendo que era, de repente, ser protagonista de uma novela”.
Benedita Pereira contou que, na primeira temporada da série na qual participou, não acreditavam que o projeto fosse ter tanto sucesso quanto, efetivamente, teve: “Achámos o nome horrível. (…) As pessoas olhavam para nós e diziam ‘isto não vai durar, isto vai ser cancelado’”.
“Nós vivemos muito aquilo como ‘ensemble’. Éramos um grupo e até éramos um grupo pequeno e estávamos sempre a trabalhar; nos dias em que não estávamos a trabalhar, estávamos juntos na mesma, portanto, dividíamos um bocadinho a responsabilidade e estávamos juntos”, recordou Benedita Pereira.
Aos poucos, o grupo começou a perceber que a série estava a ter sucesso: “Depois, é repentino”.
“Foi uma loucura. Ninguém acreditava nisso, ninguém estava à espera disso”, confessou Benedita Pereira. “Mesmo a própria duração da primeira temporada e depois de já termos feito uma peça que andou a rodar o país todo, em que tínhamos de fugir pela porta de trás, ou fomos abalroados… Lembro-me na Nazaré, a Joana Solnado caiu ao chão porque fomos abalroados por pessoas… tipo assim, nós somos os Beatles… a abanarem a carrinha onde nós estávamos”, relatou ainda.
“Sentíamo-nos os Beatles! Eu já senti isso uma vez na vida, está bom”, acrescentou Benedita Pereira, entre risos.
Benedita Pereira acredita que há “um lado muito bom” da fama: “As pessoas gostarem de nós e quererem falar connosco porque gostam de nós… Nós queremos é ser amados”. “Isto vem de um sítio bom, de as pessoas gostarem de ti… Ainda hoje, 20 anos depois, as pessoas continuam a ver aquilo, miúdos que nem sequer existiam há 20 anos! As pessoas ainda veem”, afirmou Benedita Pereira.
“O problema é que, às vezes, estamos a falar de jovens adolescentes, com aquelas hormonas e em grupos. Há momentos em que perdem um bocado a noção e eu lembro-me de sentir um bocadinho assustada. Ou pessoas que perdem um bocadinho a noção e, de repente, estão a interromper-te no meio de um jantar”, lembrou Benedita Pereira.
“Foi chato. Acho que vivemos isso numa altura em que a imprensa cor-de-rosa mesmo invasiva”, continuou Benedita Pereira, referindo que também chegou a levar “facadas nas costas” de pessoas amigas.
“Depois, houve um lado em que passei a ver o humor nisso e, a partir daí, isso passou a ser uma coisa de chorar a rir”, ressaltou Benedita Pereira.
Veja aqui, aqui e aqui uma parte da conversa.