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Artistas têm concertos cancelados e apontam o dedo ao Governo

Vanessa Jesus
2 min leitura
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Este ano o verão será diferente, sem festas e romarias, devido ao surto da covid-19.  Porém, a pandemia acabou por criar uma crise gigantesca no setor musical e são vários os que acusam o Estado de se esquecer da classe artística. 

Vários espetáculos foram cancelados, o que levou a que a maioria dos artistas nacionais perdessem a sua principal fonte de rendimento. Rebeca considera este verão perdido. “O Estado falou em ajudar-nos, e já que ajudam outras áreas, não se podem esquecer dos cantores portugueses, e não podem ser só alguns, têm que ser todos. Já fiz o pedido ao Estado e estamos a aguardar”, disse à TV7 Dias.

Quim Barreiros revela que há locais que querem continuar com as festas, mas as autoridades é que proíbem. Tinha 124 concertos marcados até outubro e metade já foi adiado para o ano.  “É um exagero das autoridades. É preciso cuidado, mas não proibir”, diz. “Os da minha banda têm rendimentos. Eles são meus funcionários e, como tal, continuam a receber o seu mês”, esclarece.

José Malhoa tinha 73 concertos marcados até setembro e 21 já foram desmarcados. “O Estado está a esquecer-se que nós participamos naquilo que, às vezes, é responsabilidade do Estado. Ajudamos e somos solidários com pessoas que muitas vezes estão completamente abandonadas”, disse, explicando que tem uma equipa de 23 pessoas que estão sem receber rendimentos.

Nel Monteiro também aponta o dedo ao Governo. O cantor revela que está a comprar e vender carros, mas a música está parada. Recorda o IRS que pagam e afirma: “Já demos milhares ao Estado”. Espera, portanto que o Partido Comunista não ganhe a Festa do Avante, porque senão “isto vai ser uma guerra”.

Este era o ano que Romana esperava voltar aos palcos, após ter sido mãe dois anos seguidos. Todos os seus espáculos foram desmarcados, mas contou com a ajuda da GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas).