Foi através das redes sociais que Joana Seixas partilhou um profundo desabafo sobre as últimas eleições. A figura pública mostrou-se “abatida e com pouca crença na humanidade”, mas reconheceu que “mais do que nunca, é hora de combater”.
No Instagram começou por escrever: “Inspirada pela magnífica Clarice Lispector, não vou guardar mais as palavras que tenho em ebulição dentro de mim desde a madrugada de 11 de março. Um dia especialmente triste e cinzento para a nossa democracia e que me deixou apática e abatida, com pouca crença na Humanidade (crença essa que já andava de rastos). Mas rapidamente percebi que como alguém dizia “o Fascismo não se debate, combate-se”, agora, mais do que nunca, é hora de combater. É hora de combater a enraizada ignorância que nos rodeia e o profundo aproveitamento que se faz dela“.
“E a partir de hoje o combate é para se fazer na prática, nas ruas, no trabalho, nos projetos por todos os meios ao nosso alcance, ficar parado ou calado não é opção! Existem muitos problemas na Sociedade Portuguesa que podem ser usados para explicar o que se passou, no entanto, não contem com uma análise paternalista da minha parte, há mesmo demasiadas pessoas individualistas, racistas e fascistas à nossa volta“, acrescentou Joana Seixas.
“É muito provável que não conheçam o significado de fascismo (deixo nos comentários em que consiste), mas a perceção de superioridade racial/étnica existe enraizada em Portugal e não querem soluções democráticas. Têm saudades do autoritarismo e já não têm vergonha porque agora encontraram um canal para se espraiarem“, continuou Joana Seixas.
Em tom de conclusão, Joana Seixas questionou o seguidor sobre uma “solução”: “Qual é a solução? Não sei, existem várias mas sei que só através da empatia e da educação podemos combater os antidemocráticos. A liberdade conquista-se com luta e essa é para se fazer todos os dias!“.