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Após 24 anos, médico que tentou salvar princesa Diana fala pela primeira vez

A Televisão
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O médico que assistiu a princesa Diana depois do fatídico acidente, fala pela primeira vez, 24 anos depois da morte da princesa de gales.

A princesa Diana morreu há cerca de 24 anos e o médico que a assistiu depois do fatídico acidente de viação, falou pela primeira vez agora, relatando de que “tentou de tudo para fazer seu coração bater” novamente.

Numa entrevista ao jornal britânico Daily Mail, o médico MonSef Dahman recorda detalhes dramáticos e comoventes de quando foi chamado ao departamento de emergência do Hospital Pitié-Salpêtrière em Paris para atender uma “jovem”.

Um dos motivos que o levaram a falar agora — não recebeu nenhum pagamento monetário pela entrevista — foi com o objetivo de terminarem as teorias de conspiração que afirmam que os médicos fazem parte de algum esquema assassino. A equipa médica de emergência francesa envolvida no acidente, diz que fez todos os possíveis para salvar a princesa Diana.

O acidente ocorreu por volta da meia noite e meia, mas a princesa Diana só chegou ao hospital duas horas depois. O médico começa por esclarecer o motivo de estar a fazer o turno naquela noite: “Não tirei férias naquele verão pela razão extremamente simples de que minha esposa estava grávida do meu filho. Como resultado, trabalhei o verão todo”.

MonSef Dahman recorda que aquela noite estava a ser calma, até que às 00h23, o carro onde seguida Diana teve o acidente, no túnel. Ao ser transferida para uma ambulância, princesa Diana sofreu uma paragem cardíaca. Depois de ser reanimada, foi transportada por aquela ambulância para o hospital, onde chegou às 02h06.

“Eu estava a descansar na enfermaria quando recebi um telefonema de Bruno Riou, o anestesista sénior de serviço, pedindo para eu ir para as urgências. Não me disseram que era a Princesa Diana, mas que tinha ocorrido um grave acidente envolvendo uma jovem mulher. A organização do hospital Pitié-Salpêtrière era muito hierárquica. Portanto, quando recebes uma chamada de um superior, o caso é sério”, começou por contar.

Princesa Diana fez um raio-x ao chegar ao hospital e as imagens mostravam uma “hemorragia interna muito grave”, e foi submetida de imediato a um dreno torácico, o excesso de líquido foi removido da sua cavidade torácica, mas o problema continuou. De seguida, Bruno Riou pediu a MonSef Dahman para realizar uma intervenção excepcional. “Foi verdadeiramente excepcional. Eu fiz este procedimento para permitir que ela respirasse. O seu coração já não funcionava corretamente, porque lhe faltava sangue”, acrescentou.

Às 02h30, Alain Paibe, considerado o melhor cirurgião cardíaco de França, chegou ao hospital e descobriu um rasgo na veia pulmonar esquerda. “Tentamos desfibrilhador, várias vezes e, como eu tinha feito na sala de urgências, massagem cardíaca. O professor Rioy deu-lhe adrenalina. Mas não conseguíamos fazer o seu coração voltar a bater”.

O médico MonSef Dahman explicou que fizeram tudo o que puderam para salvar a princesa Diana. “A única coisa importante é que fizemos tudo o que podemos por ela. Tínhamos pessoas no [Hospital] Pitié-Salpêtrière. É um dos melhores centros da França para estas emergências traumáticas. E salvamos algumas pessoas em pior estado (…). Mas isso não aconteceu aqui. Não pudemos salvá-la. E isso afetou-nos muito”, contou.

Por volta das 04h da manhã, a equipa médica decidiu em comum acordo, declarar o óbito da princesa Diana. “Eu estava exausto, é sempre uma grande decepção ver alguém jovem partir. Também sofremos um grande desgaste físico com a energia que gastámos a tentar salvá-la. E era assim que estávamos, particularmente destroçados e cansados. No final, estávamos exaustos”, rematou.

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