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António Raminhos usa exemplo das filhas para falar sobre a campanha da Zippy

Ângela Coelho
3 min leitura

A mais recente coleção lançada pela marca Zippy, com uma linha de vestuário unissexo, tem estado no centro das atenções, tendo causado uma grande polémica com opiniões que se dividem. Foram muitas as celebridades que se posicionaram e partilharam publicamente as suas opiniões. António Raminhos não ficou indiferente aos comentários que têm surgido, tendo-se expressado nas redes sociais.

“Só agora li esta história da Zippy e da roupa unissexo, porque estou mais preocupado em resolver o que vai dentro de mim do que o que vai dentro dos outros”, começou por escrever o humorista na sua conta do Instagram, onde partilha o exemplo das suas filhas.

“Ontem uma das minhas filhas quis ganchos no cabelo e dei por mim a dizer-lhe que elástico era melhor e que devia levar o elástico que ‘ficava mais bonita’, e ela ‘não quero! Quero ganchos’ e eu ‘mas olha que depois o cabelo cai para a frente e…’ e… ‘que raio estou a fazer?’ Ela que vá como quer! Porque é que hei-de estar eu a limitar as escolhas? Todos nós sabemos como odiamos que nos imponham m*****. Elas vão como querem! Às vezes lindas, outras estilo drag queen, outras parece que caíram dentro do roupeiro… e reparem que parece isto… para mim! Porque na sua cabecinha vão lindas! E não raras vezes deve acontecer o pai que diz ‘não vestes isso que é de menina!’… agora vou só ali meter as cuecas da tua mãe e desfilar em frente ao espelho”, acrescentou, referindo que “tem pena de quem impõe uma ideologia, um gosto ou um modo ser”.

“E serve para tudo! Não é só para ideologia de género. É para vegans, para política, para futebol, religião… Tenho pena porque diz mais sobre essa pessoa do que da outra. Porquê? Porque ver alguém fazer algo de modo diferente é colocar em causa tudo aquilo em que acreditamos? E mexe cá dentro… e nós não queremos que se mexa cá dentro. ‘Então andei tanto tempo a manter isto sossegado agora vem este anormal dizer que se pode fazer de modo diferente?’ E sabem que mais? O Universo (ou Deus ou nada) está a cagar-se para o que pensamos dos outros, o que vestimos, de que religião somos porque basta, genuinamente, olhar para dentro de mim e perceber ‘só preciso de ser nada e ser tudo’! Quer isto dizer o quê? Ser nada para os outros e tudo para mim, porque se for tudo para mim estou perfeitamente feliz que os outros sejam tudo para eles”, rematou Raminhos.