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António Raminhos: “Há dias que não foram feitos para serem vencidos como pensamos”

"Nem todos os dias, são dias para estarmos em guerra", disse António Raminhos.

Ana Ramos
3 min leitura
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António Raminhos partilhou, esta segunda-feira, uma reflexão, nas redes sociais.

“Há dias que não foram feitos para serem vencidos como pensamos. Não é sinónimo de derrota. Não temos que estar num constante debate pessoal para provar a nossa capacidade de superação ou resiliência”, começou por escrever.

Segundo explicou António Raminhos, este fim de semana tinha um compromisso que implicava ir a um local que lhe gera “medos, obsessões e ansiedade”.

“Racionalmente, como qualquer pessoa que lida com estes temas, sabia que estava tudo bem. Por outro lado, também tinha a certeza que, enquanto lá estivesse, iria estar numa luta interna para lidar com o tema… e mais umas horas seguintes! ‘Não vou comprar esta guerra’, exclamei”, contou António Raminhos.

“‘Não quero, neste momento, estar a passar por isto’. É uma decisão: ‘Hoje, não vou comprar esta guerra!’. Não se trata de ceder ao medo e ficar à deriva dos pensamentos. É assumir a responsabilidade. Porquê? Porque não ir a uma guerra… implica outra”, continuou.

“‘E se por não ter ido agora é que vai acontecer alguma coisa de mal?’, ‘devias ter ido, agora quando menos esperares vais enfrentar o mesmo medo!’, ‘devias ter ido, porque estás a ceder e vai voltar tudo ao mesmo…’. E responsabilidade é assumir a decisão como algo natural, não como um castigo, como uma fatalidade ou um sistema binário de ‘zeros’ e ‘uns’”, explicou António Raminhos.

“Há toda uma verdade no caminho de cada um de nós que não se esgota naquele momento. E há amor por nós mesmos. Amor é aceitar que não há uma decisão correta, mas há a responsabilidade em qualquer uma delas. E eu aceitei. Aceitei a minha decisão, aceitei que iria ter pensamentos que não iria gostar, mas que não iria deixar de viver por isso. Na realidade, dispensei uma guerra… e aceitei outra”, afirmou António Raminhos.

António Raminhos acredita que em todas as áreas da vida “isto está presente”: “Em pensamentos, medos, obsessões, na ansiedade. Nem todos os dias, são dias para estarmos em guerra. Mas em todos eles temos de aceitar a responsabilidade e seguir caminho. Está tudo bem”.

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