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António Raminhos faz desabafo sobre os seus projetos: “Às vezes tenho vontade de desistir…”

Carolina Pereira
4 min leitura

António Raminhos lamentou a falta de apoios para os seus projetos, desde os que estão na gaveta aos que estão ativos.

Nesta quinta-feira, dia 29 de setembro, António Raminhos recorreu às redes sociais para partilhar um longo texto onde lamenta a falta de apoios para os seus projetos profissionais. Apesar da indecisão, o humorista decidiu publicar o desabafo que, frisou, “não é um lamento”.

Às vezes tenho vontade de desistir dos meus projetos, mesmo aqueles em andamento. Sei que não o vou fazer porque acredito que têm alguma importância para quem os vê/escuta. É o que me dizem. Vou dar exemplos. O podcast ‘Somos Todos Malucos’: gosto de o fazer, tem 4.8 em 5 no rating dos podcasts, está no topo dos mais ouvidos na área da saúde mental“, começou por explicar.

No Youtube sempre montes de opiniões positivas. Mas depois, as views não são por aí além, apanho comentários do género “como é que isto não tem mais views” ou “como é que tu pagas isto do teu bolso e não arranjas patrocínio! Pois, não sei“.

António Raminhos referiu ainda ter “dois projetos para televisão em gaveta”, um deles já com um piloto gravado e que “toda a gente da área” a quem mostrou apreciou. Contudo, não há patrocínios.

Estou farto de procurar apoios, já apresentei em consulta duas vezes num canal de televisão, já falei com outros diretores… nada. Na net, dizem-me assim, “ah faz um crowdfunding!” Eu até faria, mas se não chego a esse valor a frustração ainda é maior“, desabafou.

Além disso, o comediante tem também planeado um projeto sobre religiões, que tem tudo para ser feito… menos uma estação televisiva que queira arriscar: “O mais difícil, que era convencer as pessoas ligadas às várias congregações religiosas, adivinhem? Conseguimos! Canais que queiram? Na linguagem dos anos 90… “népia”“.

“E depois ligamos a televisão e, salvo raras excepções, sempre a mesma coisa, da mesma forma. Na realidade, sou um sortudo por ter já feito muita coisa em televisão, mas acho normal querermos ir mais longe. Não sinto rancor e está tudo bem, tudo tem o seu tempo, mas acho normal haver esta reflexão”, continuou.

Por fim, António Raminhos terminou numa nota mais geral, ao referir que o problema não é apenas seu.

“E claro que não sou o único neste barco. O que não faltam aí são ótimos projetos para televisão de pessoas com valor, de gente com ideias fora da caixa que não conseguem ajuda. Músicos, pintores, atores, criativos das mais diversas áreas. Haverá uma altura em que, se calhar, vou ter de desistir destas ideias. Saber que chegou a hora de seguir o caminho para que outras ideias possam nascer“, concluiu.

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