fbpx

António Raminhos desabafa: “Invadiu-me uma sensação de ansiedade e medo”

"Nós não somos os nossos pensamentos. São apenas reflexos da nossa história, crenças, experiências... e, às vezes, nem são nada disso!"

Ana Ramos
3 min leitura
Instagram

António Raminhos fez um desabafo, esta segunda-feira, nas redes sociais, sobre a forma como se estava a sentir.

“Não é um post de piedade. É uma partilha daquilo que é. E, porque se assim é para mim, bem sei que será para muitos. Cada um de nós pelas suas razões. Hoje está difícil. Invadiu-me uma sensação de ansiedade e medo que não me tem abandonado ao longo do dia. Estive duas semanas fora da minha zona de conforto, seis dias em casa e já estou fora para gravar e colocar-me de novo em dúvida”, começou por referir o humorista.

“Hoje, a meio da manhã, soou aquela voz: ‘não quero estar aqui, tenho medo’. O aperto no peito, a sensação de vazio e quase de estar à parte da realidade. Apercebi-me logo, tomei consciência e fui respirar fundo só uns segundos. Já meditei, já descansei, mas ela cá está. E eu vou fazer o que tenho a fazer. E amanhã… e depois”, continuou António Raminhos.

“Fazer o que tenho a fazer sempre dentro do possível, sem julgamentos e independentemente da voz e das sensações estarem cá ou não. Fazem parte de mim. Hoje menos do que antes, mas ainda cá. Para quem está de fora, pode olhar e pensar: ‘fogo, sempre a passear, estás a queixar-te de quê?!’. Quem me dera que fosse de nada! Mas não escolhi esta guerra que, geralmente, surge nestes momentos de ‘suposta’ felicidade”, descreveu António Raminhos.

“A minha escolha não está em quando surge, mas o que faço com isso. Essa é a grande diferença. A relação que procuro estabelecer com a ansiedade ou a POC. Acolher as sensações e entendê-las, mas sem lhes dar grande atenção. Nós não somos os nossos pensamentos. São apenas reflexos da nossa história, crenças, experiências… e, às vezes, nem são nada disso! São só… coisas da cabeça”, acrescentou António Raminhos.

“Não são a realidade, nem sequer uma certeza do quer que seja. Ganham essa importância quando lhes dirigimos a total atenção. Por isso, é conviver com empatia e compaixão com aquilo que nos vai na mente e seguir caminho fazendo o que é suposto fazer. E o que é suposto fazer? Parar, aceitar e procurar desfrutar o momento apesar dos medos. E escrever! No meu caso ajuda e espero que ajude. E agora lá vou fazer o que tenho a fazer”, aconselhou António Raminhos.

Relacionado: