Angélico Vieira faleceu no dia 28 de junho de 2011, vítima de um trágico acidente de viação. 10 anos depois, o autor das últimas fotografias do cantor revelou uma frase marcante do artista.
Edgar Raphael é fotógrafo e foi o autor das últimas fotografias que Angélico Vieira tirou para o CD que se preparava para lançar antes do aparatoso acidente de viação que lhe tirou a vida, no dia 28 de junho de 2021. Numa entrevista à revista TV Mais, dez anos depois, o fotógrafo recordou o artista que perdeu a vida aos 28 anos e a última sessão fotográfica que fizeram juntos.
“Foi um trabalho rápido. Ele era fácil de fotografar. E no final, quando toda a gente se preparava para ir para casa, disse: Vou buscar McDonald’s para toda a gente”, começou por recordar Edgar, que ficou impressionado com a forma como Angélico Vieira “conseguiu integrar e valorizar todas as pessoas que estavam a contribuir para o sucesso dele”. “Estavam entre oito a dez pessoas. Ele foi, ele pagou, ele trouxe. Estivemos a comer, a ver a imagens, a cantar e a curtir”, revelou.
O fotógrafo recordou ainda uma chamada que recebeu do artista, que o marcou: “Ele estava em Paris e com aquele seu lado positivo disse: ‘Mano, mano, já acabámos mais umas ‘vibes’ e isto está a ficar top.’ Aquela positividade, aquela garra, aquele entusiasmo que ele tinha, automaticamente passava para quem o rodeava“.
“E logo a seguir disse-me uma coisa que vai ficar para sempre comigo: ‘Mano, sinto que todos nós viemos ao mundo para cumprir uma missão. E sinto que já cumpri a minha. A minha missão está feita’. Passadas poucas semanas acontece aquela tragédia”, revelou Edgar.
Em 2011, depois do acidente, o fotógrafo recebeu propostas para comprarem as fotografias, mas decidiu oferecê-las à família de Angélico Vieira. “Na altura, quiseram comprar-me as fotos. Senti que a minha missão era entregar aquelas imagens à mãe do Angélico.”
Sobre o futuro do artista se não tivesse tido aquele fatídico acidente, Edgar disse: “Hoje, seria a maior estrela nacional. Ele tinha todos os ingredientes necessários. Não era só saber dançar, saber cantar… Era a pessoa… Praticar o bem e valorizar o outro. Foi isso que ele deixou, mais do que ser um artista e uma estrela. Era uma pessoa que gostava de ajudar os outros!”.
“Tenho aquele sentimento, um bocadinho estúpido, de que ele acaba por ainda estar por cá”, concluiu o profissional.
Recorda aqui uma das últimas músicas do cantor:
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