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Ana Rocha de Sousa de luto com a morte da avó: “Uma força da natureza”

Vanessa Jesus
4 min leitura
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Ana Rocha de Sousa está de luto. A atriz e realizadora recorreu ao Instagram para lamentar a morte da avó.

Ana Rocha de Sousa prestou homenagem à avó que faleceu. A atriz e realizadora recordou alguns momentos que marcaram a vida da avó, nomeadamente a perda de um filho, e o seu bom carácter.

“…Até ao dia em que perdeu um filho, o meu tio. O seu maior amor, a sua maior dor. Quando um dia lhe bati à porta sem aviso, assim que me viu …sentiu. Como ia ela sobreviver à morte de um filho? Mulher fortíssima. Nunca mais foi a mesma. Nenhum de nós”, escreveu Ana Rocha de Sousa.

“Seguiu sobrevivendo. Vivendo também muito por nós. Uma força da natureza que ficou mais calada. Sempre forte. Frontal”, acrescentou Ana Rocha de Sousa, rematando com uma frase muito especial. “Onde quer que estejas … que saibas sempre do meu amor por ti”, terminou Ana Rocha de Sousa.

Texto na íntegra de Ana Rocha de Sousa : 

Nascemos. Vivemos. Morremos. Perdi a minha avó. Sabia que esse dia ia chegar. Sabemos todos. Mas não sabemos. Achamos que sim, que é natural. Que faz parte.
A morte dos nossos mata-nos. Mesmo quando é suposto ser natural.

Perdi a minha avó. Mas muito antes disso, ela pensou ter-nos perdido a nós. Sem entender que o mundo mudou radicalmente devido a um vírus qual guião série Z.
A minha preciosa avó.
O rosto da coragem. Absolutamente à frente do seu tempo. A elegância. No estar. No vestir. No ser. No escolher. Tudo. Mulher de força. Não precisava falar. Aniquilava corações só de passar.

Respirava bom gosto. Sempre linda nem que fosse para ir ao pão ou ver o correio. Uma mulher a quem levaram tudo. Mulher que quando todos fugiam da guerra, ela teimava firme para defender o que era dela. A última a baixar os braços. Fez frente a homens armados. Sem medo.

Mulher incrível que intimidava quem a olhava nos olhos. Brava mais brava não havia. Bela e brava. Não lhe faziam frente. Teimosa. Séria. Linda. Era vê-los a tombar e outros a cair. Não lhes ligava. Amou o meu avô. História de filme naquele tempo.

Até ao dia em que perdeu um filho, o meu tio. O seu maior amor, a sua maior dor. Quando um dia lhe bati à porta sem aviso, assim que me viu …sentiu.

Como ia ela sobreviver à morte de um filho?
Mulher fortíssima. Nunca mais foi a mesma. Nenhum de nós.
Seguiu sobrevivendo. Vivendo também muito por nós.
Uma força da natureza que ficou mais calada.
Sempre forte. Frontal.

Ri-me tanto mas tanto ao longo da vida com ela. Genial na sua graça séria.
Dizia o que achava, na elegância que tinha.
Eu, o meu irmão e os meus primos, morríamos de amor por ela. Todos.
Era épica. Única. Cinematográfica. Sem esforço nenhum de ser.

Anos a fio diziam que era igual à Amália Rodrigues. E foi. Tão parecida ao ponto de lhe pedirem na rua para cantar. Porém tinha um brilho só dela. Absolutamente dela.
Parava lugares, ruas inteiras, cidades.
E quem não acredita é porque nunca a viu passar.
O mundo literalmente parava só para a ver passar.

A minha filha chama-se Amália por ela. Por ela.
Onde quer que estejas … ❤️que saibas sempre do meu amor por ti.

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