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Albano Jerónimo sobre encenador João Mota: “Gosto tanto de ti”

“Levarei na algibeira, sempre para partilhar, o seguinte, querido mestre: ‘Trazer a ternura e o ódio à boca’."

Ana Ramos
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Albano Jerónimo deixou, esta quarta-feira, uma mensagem especial ao encenador e diretor artístico da Comuna – Teatro de Pesquisa, João Mota, nas redes sociais.

“Gosto tanto de ti, querido João Mota. Aqui te celebro”, começou por referir o ator.

“Um homem múltiplo na arte e na vida, onde destaco o homem pedagogo. Empurrou um rapaz que para sempre partiu para terras encantadas, esperando todos os habituais clichés das aventuras, sempre com um espírito crítico e vivo. Tornar ‘visível o invisível’, tantas vezes te ouvi dizer isto e, sim, concordo e assim respiro, olhe para onde olhar”, escreveu Albano Jerónimo.

“Levarei na algibeira, sempre para partilhar, o seguinte, querido mestre: ‘Trazer a ternura e o ódio à boca’. Assim rezava Shakespeare e assim tu me batizaste no conservatório”, disse ainda Albano Jerónimo.

“Do lado esquerdo do peito te trago e na memória corpo. No Teatro da Comuna podem sentir parte do que aqui vos deixo, no espetáculo ‘A Paixão Segundo o Teatro’, de Brigitte Jacques-Wajeman. Encenado pelo Hugo Franco até 17 de março”, continuou Albano Jerónimo.

“Ninguém pode seguir o caminho asfaltado que leva a Felicidade Completa sem se sujeitar a este programa bem óbvio. Primeiro: consentir que lhe cortem a cabeça para não pensar, não ter opinião nem criar piolhos ou ideias perigosas. Segundo e último: trazer nos pés e as mãos correntes de ouro. – Nunca! Bem se vê que não tenho a cabeça no seu lugar. Prefiro tudo a viver sem cabeça. Nem calculam a falta que ela me faz”, acrescentou Albano Jerónimo.

“Meu mestre, meu terno João Sem Medo. Obrigado e parabéns”, rematou.

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