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Advogada sobre julgamento da morte de Sara Carreira: todos os arguidos vão ser condenados

Advogada Paula Varandas antevê o desfecho provável no julgamento da morte de Sara Carreira.

Pedro Vendeira
3 min leitura
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Foram realizadas duas sessões do julgamento da morte de Sara Carreira, e a advogada Paula Varandas analisou o progresso do caso até agora, partilhando a sua opinião sobre o desfecho provável.

Segundo Paula Varandas, “houve algumas posturas por parte de alguns arguidos, talvez por estratégia dos próprios advogados no sentido de requerer uma abertura de instrução. Temos o acidente que causou a morte, abre-se um inquérito porque houve uma morte, após esse inquérito há uma acusação”, afirmou no programa “Casa Feliz”, da SIC, nesta sexta-feira.

“Nessa acusação ou o arguido se conforma ou então faz um mini debate instrutório, que é tipo um mini julgamento antes do julgamento final que é este que está a acontecer agora”, acrescentou, explicando em seguida: “Em março deste ano, quase todos, com exceção do Ivo, requereram esta abertura de instrução – com a família do Tony Carreira como assistentes por quererem apurar alguns factos que achavam que estavam em falta na acusação – porque acharam que dos crimes de que eram acusados, que deviam ser absolvidos”.

Dá-se o tal debate instrutório e o juiz de instrução vai decidir pela prenuncia ou não prenuncia. É como se fosse uma segunda acusação, só que esta segunda acusação é mais pesada. Quem é que saiu aqui prejudicado? Foi exatamente o Ivo, que do homicídio negligente simples, cuja pena ia até três anos, viu-se deparado com uma prenuncia, desta feita por um juiz, a alterar a qualificação e passa para homicídio negligente grosseiro, pelo excesso de velocidade que trazia. Quando os arguidos pedem este mini julgamento, podem correr o risco de esgotar, que é o mais certo, todas as provas que tinham. No julgamento que está a decorrer, o mais certo é que todos sejam condenados pelos crimes que o juiz de instrução naquele mini debate indiciou“, explicou Paula Varandas.

Por fim, Varandas esclareceu que é improvável que resulte em prisão efetiva para qualquer um dos envolvidos no acidente que tirou a vida a Sara Carreira: “Na prática tenho algumas dúvidas que isto vá resultar em prisão efetiva seja para quem for. Atendendo ao registo criminal, porque realmente aqui não houve intenção, o dolo, houve negligência, depois é apurar se houve a negligência do género ‘Sem querer, não tive noção’ ou ‘Eu devia ter tido noção, mas mesmo assim isto não vai acontecer e acaba por acontecer’, que é negligência grosseira.”

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com