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«Treze Dias Longe do Sol»: Conheça a minissérie da Globo que estreia hoje

Diana Casanova
5 min leitura

O desabamento de um prédio. Debaixo dos escombros, nove soterrados lutam pela sobrevivência. Acima deles, a barbárie que emerge da busca pelos culpados. Este é o cenário de Treze Dias Longe do Sol, minissérie que tem estreia marcada para esta noite, a partir das 22h, na Globo. Composta por um total de 10 episódios, a trama conta com um elenco de luxo, composto por nomes como Selton Mello, Carolina Dieckmann, Debora Bloch, Paulo Vilhena, Lima Duarte e Fabrício Boliveira.

Na trama as personagens estão todas a viver no seu limite, situação essa que é provocada por uma grande tragédia – o desmoronamento de um prédio em construção. Enquanto os soterrados aprendem a unir-se em busca da sobrevivência, mesmo no meio de tantas adversidades, os que estão livres do lado de fora, e que precisam assumir a responsabilidade da tragédia, divergem entre si. Serão 13 dias longe do sol para os soterrados e 13 dias das mais odiosas tramas para aqueles que o sol insiste em iluminar.

Luciano Moura, um dos autores da minissérie, revela o que esteve na origem de Treze Dias Longe do Sol. «A ideia da série foi sendo construída aos poucos. Nasceu do desejo de contar uma história com essa diferença: como as pessoas se transformam a partir de uma grande tragédia? Aqui, tem uma mescla de drama com thriller, de você ficar torcendo pelo resgate, mas com uma história emocional, com ênfase no sentimento daqueles personagens», explica.

Elena Soárez, que também assina a trama, destaca o drama psicológico vivido pelas personagens. «Eles estão no fundo do poço, têm essa situação de viver ou morrer, têm o confinamento, estão entre desconhecidos e isso vira quase um laboratório psicológico. Dramaturgicamente, foi muito bom de explorar esse limite e empurrar personagens para um abismo que rende tanto. Como tenho sempre uma “fuga” para cima ou para baixo, conseguimos fazer esses dois núcleos conversarem», desvenda a autora.

A trama de Treze Dias Longe do Sol começa quando o engenheiro Saulo Garcez (Selton Melo) está prestes a entregar o projeto de um centro médico de última geração. Mas com o objetivo de tornar-se sócio maioritário da construtora Baretti, onde trabalha há muitos anos, Saulo decide fazer perigosas economias. Depois de adulterar os cálculos estruturais do projeto, emprega mão-de-obra barata e usa materiais em quantidade e qualidade inferiores ao recomendável. Os resultados dessas escolhas são trágicos.

No dia em que Marion Rupp (Carolina Dieckmann) vai fazer uma vistoria à obra para compreender as razões do seu atraso, o prédio desaba. Marion não é apenas filha do médico para o qual o prédio foi construído, o Dr. Rupp (Lima Duarte): ela é também a mulher que Saulo descobriu tardiamente ser o amor de sua vida. Saulo, Marion e sete operários sobrevivem nos escombros, presos e incomunicáveis no que restou das garagens subterrâneas. Com a queda do prédio, dois mundos estabelecem-se. Debaixo de terra, os sobreviventes viram um só corpo, com uma só vontade: voltar a ver a luz do sol.

Lá em cima, porém, a guerra instala-se. Em busca de culpados, cada um só pensa em como livrar a sua própria pele. Gilda (Debora Bloch), diretora financeira da Baretti e parceira de Saulo no plano de economizar dinheiro para se tornarem sócios da construtora, faz de tudo para livrar-se das consequências legais do desabamento. Vitor Baretti (Paulo Vilhena), o herdeiro bon vivant da construtora, vê-se no olho de um furacão do qual fugiu a vida inteira. Mas nem tudo é ganância, covardia e traição no mundo dos que estão em cima. O major Marco Antônio (Fabrício Boliveira), do corpo de bombeiros, está disposto a dar sua própria vida para resgatar os soterrados. Deve isso às famílias que fazem vigília ao redor dos escombros.

Redatora e cronista